segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ainda bem, a frente ampla já começou. O momento é agora, para deter o rolo compressor da direita


Confira! Vai valer à pena ler este artigo lúcido e oportuno sobre o momento crucial em que estamos vivendo hoje no Brasil, quando a direita gesta uma ruptura do estado democrático de direto, e de fato, tão duramente conquistado nos últimos 12 anos, o que poderia significar um retrocesso geral, com perdas inestimáveis para o país e para a maior parte da população, sobretudo aquele contingente – 60 milhões de brasileiros – que “veio à luz” nos governos Lula/Dilma.

A Ley de Médios é pré-condição!
"Frente ampla e ajuste político

Como trilhar uma rota alternativa a de Levy se a ‘nova classe média’ permanece alheia às raízes do conflito que decidirá o seu destino?

A boa notícia na praça é que o campo progressista resolveu correr riscos.

A segunda boa notícia: isso significa deixar o divã da política para fazer política.

Dito em outros termos: reagir à condição de objeto da crise à qual o conservadorismo quer circunscreve-lo – a exemplo do que já faz com a Petrobrás– e se impor como sujeito nessa que avulta como uma das mais virulentas transições de ciclo de desenvolvimento já enfrentadas pelo país (32; 54; 64; 1985; 2002...).

Em vez de ‘sugerir’ agendas ao governo, como um cronista da crise, partidos de esquerda, movimentos sociais, centrais sindicais, personalidades democráticas e socialistas convergem agora para um mesmo consenso aglutinador.

O Brasil necessita urgentemente viabilizar um novo braço coletivo.

Que tenha a força e a extensão de uma frente ampla democrática e progressista.

Que seja maior do que a soma das partes, capaz de sacudir o torpor da esquerda, afrontar a soberba da direita, abrindo espaço assim para o governo recuperar seu projeto e a capacidade de iniciativa.

Em vez de referido, trata-se de introduzir uma outra referência à urgência dos dias que correm.

Listar plataformas e bandeiras é quase um truísmo, tão vertiginosa é a sua evidência na encruzilhada brasileira, igualmente ostensiva em demonstrar a insuficiência da organização política para viabiliza-las.

Barrar o golpismo, por exemplo, exige libertar a democracia e a urna do poder do dinheiro grosso –impondo tetos aos gastos eleitorais ou vetando grandes doadores de estimação do Congresso Nacional; afastar o arrocho cíclico e a ameaça da restauração neoliberal implica coibir a mobilidade dos capitais, taxar o lucro financeiro, os bancos, dividendos e grandes fortunas, ademais de tributar a herança e assim abrir espaço fiscal à infraestrutura, à saúde pública e à educação de qualidade.

Nada disso acontecerá sem romper um oligopólio de comunicação que envenena o discernimento social, sabota o pacto entre o desenvolvimento e a democracia social, interdita a avenida do salário digno e da cidadania plena.

Não existe a expressão política organizada correspondente ao enfrentamento contido nessas demandas.

A encruzilhada do desenvolvimento brasileiro decorre em boa parte do descompasso entre requisitos econômicos e regulatórios que não encontram sua tradução no escopo da correlação de forças existente no país.

A urna é um pedaço do caminho cada vez mais insuficiente diante do poder de veto de interesses plutocráticos na era da livre mobilidade dos capitais.

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