Confira! Vai valer à pena ler este artigo lúcido e oportuno
sobre o momento crucial em que estamos vivendo hoje no Brasil, quando a direita
gesta uma ruptura do estado democrático de direto, e de fato, tão duramente conquistado
nos últimos 12 anos, o que poderia significar um retrocesso geral, com perdas inestimáveis
para o país e para a maior parte da população, sobretudo aquele contingente –
60 milhões de brasileiros – que “veio à luz” nos governos Lula/Dilma.
A
Ley de Médios é pré-condição!
"Frente ampla e ajuste político
Como trilhar uma rota alternativa a de Levy se a ‘nova classe média’ permanece alheia às raízes do conflito que decidirá o seu destino?
A boa notícia na praça é que o campo progressista resolveu correr riscos.
A segunda boa notícia: isso significa deixar o divã da política para fazer política.
Dito em outros termos: reagir à condição de objeto da crise à qual o conservadorismo quer circunscreve-lo – a exemplo do que já faz com a Petrobrás– e se impor como sujeito nessa que avulta como uma das mais virulentas transições de ciclo de desenvolvimento já enfrentadas pelo país (32; 54; 64; 1985; 2002...).
Em vez de ‘sugerir’ agendas ao governo, como um cronista da crise, partidos de esquerda, movimentos sociais, centrais sindicais, personalidades democráticas e socialistas convergem agora para um mesmo consenso aglutinador.
O Brasil necessita urgentemente viabilizar um novo braço coletivo.
Que tenha a força e a extensão de uma frente ampla democrática e progressista.
Que seja maior do que a soma das partes, capaz de sacudir o torpor da esquerda, afrontar a soberba da direita, abrindo espaço assim para o governo recuperar seu projeto e a capacidade de iniciativa.
Em vez de referido, trata-se de introduzir uma outra referência à urgência dos dias que correm.
Listar plataformas e bandeiras é quase um truísmo, tão vertiginosa é a sua evidência na encruzilhada brasileira, igualmente ostensiva em demonstrar a insuficiência da organização política para viabiliza-las.
Barrar o golpismo, por exemplo, exige libertar a democracia e a urna do poder do dinheiro grosso –impondo tetos aos gastos eleitorais ou vetando grandes doadores de estimação do Congresso Nacional; afastar o arrocho cíclico e a ameaça da restauração neoliberal implica coibir a mobilidade dos capitais, taxar o lucro financeiro, os bancos, dividendos e grandes fortunas, ademais de tributar a herança e assim abrir espaço fiscal à infraestrutura, à saúde pública e à educação de qualidade.
Nada disso acontecerá sem romper um oligopólio de comunicação que envenena o discernimento social, sabota o pacto entre o desenvolvimento e a democracia social, interdita a avenida do salário digno e da cidadania plena.
Não existe a expressão política organizada correspondente ao enfrentamento contido nessas demandas.
A encruzilhada do desenvolvimento brasileiro decorre em boa parte do descompasso entre requisitos econômicos e regulatórios que não encontram sua tradução no escopo da correlação de forças existente no país.
A urna é um pedaço do caminho cada vez mais insuficiente diante do poder de veto de interesses plutocráticos na era da livre mobilidade dos capitais.
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