Chegou a surpreender a unanimidade do apoio da mídia
à manifestação do dia 15, que embora comungem com as globos da vida boa parte
dos seus interesses nunca foram tão explicitas assim no apoio e convocação da
manifestação como só a globo está habituada a fazer. Porem a surpresa tem suas explicações.
É que todos estão envolvidos com as contas ilegais frutos da sonegação de impostos
no HSBC, daí o sonho de derrubar a Dilma/PT e colocar alguém mais palatável, que
faça vista grossa e deixe tudo isso pra lá.
Pelo visto, a estratégia e unanimidade não surtiram
efeito. O que não quer dizer que desistiram de seu intento golpista para se protegerem,
como historicamente sempre fizeram os setores dominantes do país.
"Empresários da comunicação do Brasil
no centro de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo.
Acostumados a denunciar escândalos de corrupção e
exigir moralidade dos políticos, alguns dos maiores grupos de mídia do país se
veem agora no papel de vilões. É que pelo menos 22 empresários da mídia ou
parentes deles e sete jornalistas estão entre os mais de oito mil brasileiros
que mantiveram contas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007. Na lista, divulgada
semana passada, constam os nomes ligados à Rede Globo, Bandeirantes, jornal
Folha de S. Paulo, grupo Abril, entre outros.
Os proprietários do Grupo Folha/UOL, Octavio Frias
de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, ambos falecidos, tiveram conta conjunta no
HSBC, cujo beneficiário é o atual presidente da empresa, Luiz Frias. Entre 2006
e 2007, a conta já aparecia inativa e zerada. Luiz Frias (atual presidente da
Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como beneficiário da mesma conta, que
foi criada em 1990 e oficialmente encerrada em 1998. Em 2006/2007, os arquivos
do banco ainda mantinham os registros, mas, no período, ela estava inativa e
zerada.
A família Saad, proprietária da Rede Bandeirantes,
também tinha contas no HSBC na época em que os arquivos foram vazados. Entre os
correntistas, aparecem o fundador da empresa, João Jorge Saad, a esposa, o
filho e uma sobrinha.
LILY MARINHO
Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos
de jornais, Horácio de Carvalho (1908-1983) e Roberto Marinho (1904-2003),
aparece na lista. Horácio de Carvalho foi proprietário do extinto “Diário
Carioca” e Roberto Marinho foi dono das Organizações Globo, hoje Grupo Globo. O
nome de Lily surge nos documentos com o sobrenome de Horácio, seu primeiro
marido, e o representante legal da conta junto ao HSBC é a Fundação Horácio de
Carvalho Jr. O saldo registrado em 2006/2007 era de 750 mil dólares. Lily morreu
em 2011.
Os donos da TV Verdes Mares (afiliada da Globo no
Ceará) e do “Diário do Nordeste” também aparecem como correntistas do HSBC. O
saldo da conta em 2007 era uma fortuna de quase 84 milhões de dólares. Fortuna
também mantinha o empresário Aloysio de Andrade Faria, do grupo Transamérica de
rádio, com saldo em conta de 120 milhões de dólares.
RATINHO
O apresentador de TV Carlos Roberto Massa,
conhecido como Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha
uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007. O saldo era de
US$ 12,5 milhões. Diversos outros diretores e herdeiros de veículos de
comunicação, além de jornalistas, aparecem na lista.
O caso veio à tona quando um ex-funcionário do
banco, Hervé Falciani, vazou documentos que revelam como o banco orientou e
ajudou milhares de clientes a aplicar volumosas quantias em dinheiro
provenientes de sonegação de impostos e evasão de divisas, além de facilitar a
abertura de contas secretas para depositar dinheiro do tráfico de drogas e da
corrupção. No total, o banco inglês acobertou mais de 106 mil pessoas, num
valor de 120 bilhões de dólares (mais de 334 bilhões de reais). Desse montante,
mais de 6 mil contas bancárias estão associadas a 8.667 brasileiros, somando
mais de 7 bilhões de dólares (R$ 19 bilhões).
OLIGOPÓLIO DA MÍDIA
Para a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, o envolvimento de
empresários da mídia ilustra é uma expressão do oligopólio da mídia no Brasil.
“A concentração da mídia, leva a concentração da riqueza. Tudo isso reafirma,
mais uma vez, que a falta de diversidade e pluralidade nos meios de comunicação
afeta a própria economia, o desenvolvimento e os interesses do país”.
INVESTIGAÇÃO HSBC
Possuir uma conta na Suíça, um popular paraíso
fiscal, não é crime, mas é obrigatório declarar o dinheiro à Receita para que a
quantias sejam tributadas. Ao sonegar os valores, o cidadão comete crime de
evasão de divisas e pode pegar de dois a seis anos de prisão. Visando apurar o
caso, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) conseguiu assinaturas suficientes
para criação da CPI do HSBC, que deve ser instalada nos próximos dias.
“Tem que ser feita a seguinte pergunta à Secretaria
da Receita Federal: quantos fizeram a declaração ao Imposto de Renda sobre
depósito no exterior? Assim poderemos verificar se cometeram ou não o crime de
evasão fiscal”, aponta o senador.
Se gostou deste post subscreva
o nosso RSS Feed ou siga-nos no Twitter
para acompanhar nossas atualizações
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.