domingo, 1 de março de 2015

A voracidade do Leão sobre o bolso do povo e o afago no capital


É uma luta de titãs, onde o titã a ser chamado à contenda é a população, não só nas eleições, no voto, pois, como vimos, a mídia vendida de sempre desferiu um golpe sujo no último momento, que por pouco não nos – o povo – deixou a ver navios quando estaríamos agora amargando a presença de um biltre como o candidato do PSDB com as rédeas do país.

A vitória do Eduardo Cunha, de folha corrida fétida no trato com a coisa pública, à presidência do Congresso, foi uma vingança contra a vitória da Dilma onde os setores que tinham como certa a retomada das rédeas do país e da coisa pública para uso próprio e de seus financiadores internos e externos, conseguiram no Congresso.

A última tentativa de vencer esta briga – dos impostos hiperinjustos e escorchantes sobre a sociedade – foi com a derrota da CPMF no final do governo Lula, quando uma armação da turma do “tipo cunha”, derrubou no Congresso Nacional uma tentativa mínima de taxar o capital e trazer algum traço de justiça ao sistema de impostos no Brasil.
Especial: As mandíbulas que mastigam a Nação
Bancos pagam menos impostos que os assalariados. Alguns brasileiros detêm US$520bi em paraísos fiscais. A estrutura tributária devora o futuro da nação.

Em tese, a política fiscal seria o espaço da solidariedade no capitalismo.
 
Caberia a ela transferir recursos dos mais ricos para os fundos públicos, destinados a contemplar os mais pobres e o bem comum.

Sem carga tributária adequada não se constrói uma Nação, mas um ajuntamento desprovido de laços e valores compartilhados em direitos e deveres comuns.

A carga tributária adequada depende do estágio de desenvolvimento da sociedade. Mas não só isso. Sua composição é decisiva na incidência regressiva ou redistributiva que provoca.

Um país como o Brasil, com 200 milhões de habitantes e enormes carências estruturais, não pode avançar com uma carga inferior a de uma Europa, por exemplo, cuja infraestrutura está consolidada (nos dois casos, a carga média gira em torno de 36%; mas há vários países com infraestrutura madura onde a carga passa de 40%).

O sistema brasileiro avulta, ademais, como um caso pedagógico de regressividade.
Impostos indiretos, embutidos nos preços dos bens de consumo, representam mais de 60% do que se recolhe.

Não importa a renda do consumidor: ganhe um ou 100 salários mínimos por mês, o imposto que paga por litro de leite é o mesmo.

Regressividade é isso: uma engrenagem fiscal feita para taxar igual os desiguais. Pagam mais os pobres do que os ricos.

O imposto sobre o patrimônio, em contrapartida, que incide diretamente sobre os endinheirados, não chega a 3,5% da arrecadação total no Brasil.


Se gostou deste post subscreva o nosso RSS Feed ou siga-nos no Twitter para acompanhar nossas atualizações

*

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá!

Bem vindo, a sua opinião é muito importante.