quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Rússia e China abalam o dólar, e a hegemonia, dos EUA


A tão propalada irrelevância do dólar nas transações comerciais em todo o mundo parece, à primeira vista, algo como uma sabotagem deliberada, gradual e efetiva contra o poder e hegemonia dos EUA, quando isso seria uma mera consequência, já que o objetivo principal dos países que estabelecem transações comerciais com as próprias moedas tem como motivação prioritária uma estabilidade cambial para não ficarem à mercê dos humores do mercado internacional controlado pelos EUA via dólar, com os seus agentes de sempre, Banco Mundial e FMI, só que este poder está com os dias contados, é só uma questão de tempo, e pelo visto curto.

O BRICS, por exemplo, é uma bomba de efeito retardado, mas certo, desta tendência, daí as tentativas dos EUA em melar o acordo. As eleições deste ano no Brasil, com disputa tão acirrada, e até atípica, foi palco deste cenário.

As transações comerciais do Brasil com os seus parceiros no Mercosul, que vem privilegiando o uso de suas próprias moedas está neste caminho.

       "A aproximação da Rússia e da China ameaça a prosperidade do dólar americano, consideram os peritos. Durante a recente visita a Moscou de Li Keqiang, chefe do Conselho de Estado da China, as partes confirmaram o desejo mútuo de aumentar ao máximo as contas em rublos e yuans. Os peritos sublinham que semelhante tendência pode acabar por derrubar o domínio econômico dos EUA.

Em maio, a Gazprom e CNPC assinaram um contrato, válido por 30 anos, de fornecimento de gás à China no valor total de 400 bilhões de dólares. Os primeiros pagamentos segundo este contrato serão realizados em yuans. Por isso, o Banco Central da Rússia abriu uma linha de troca com o Banco Popular da China no valor de 150 bilhões de yuans (24,5 bilhões de dólares) em três anos. Deste modo, pela primeira vez na história, um negócio internacional no campo da energia foi realizado sem a participação do dólar, mas em yuans.


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