quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nordeste teve o maior crescimento no número de universitários do país, um item do “Bolsa Família”

É, é mais um item do “Bolsa Família” a quem muita gente continua atribuindo a grande votação da Dilma/PT na Região Nordeste, argumento que perde feio quando se sai do preconceito e da desinformação, senão ignorância mesmo, e se liga nos números, já que foram 26.627.802 de votos que a Dilma teve no Sul/Sudeste, contra os 24.142.213 no Norte/Nordeste. Mas, dizem, que contra o tal do preconceito e a ignorância, não existe argumentos. Ou como bem disse o Nelson Rodrigues: “Invejo a burrice, porque ela é eterna”.

"Um forte debate se seguiu às eleições de 26 de outubro, com a vitória de Dilma Rousseff. Os eleitores de Aécio Neves, furiosos com a derrota, apontaram o Bolsa Família como o responsável pelo “curral eleitoral” da presidenta. Mas, para Adriano Oliveira, cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, essa ideia é um equívoco. Oliveira desenvolve uma tese sobre os mapas eleitorais da região nas últimas eleições.
Segundo ele, o eleitor do Nordeste reconhece os benefícios da gestão em curso e isso se reflete no voto – seja para o PSDB, seja para o PT. E, ainda que o programa social “acusado” de angariar votos atinja 41% da população nordestina, foram outros investimentos e benefícios que reelegeram Dilma, com 71,69% dos votos válidos na região.
A economia do Nordeste cresceu mais que outras áreas do país. O índice de atividade econômico de 2009 a 2014, por exemplo, cresceu 23,48%, um pouco mais que o Brasil, que teve um resultado de 23,03%, segundo o Banco Central.A região Sudeste, responsável por 65% do PIB nacional, por outro lado, ficou bem abaixo: 16,77%. Esse crescimento está associado a investimentos públicos em obras como a linha férrea Transnordestina (do Ceará ao Piauí), a Transposição do Rio São Francisco (Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), as barragens do Agreste e do Pajeú (Pernambuco e Ceará) e os portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará.
Estas obras, segundo o especialista, “permitiram ao eleitor reconhecer os benefícios da era Lula e Dilma”. E se fosse um candidato do PSDB que tivesse feito? “O mapa ficaria azul, pois o eleitor nordestino vota em quem provê benefícios”, explica o professor, citando o reconhecimento do eleitor pelo Plano Real na eleição de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se reelegeu com 7,3 milhões de votos do Nordeste, enquanto Lula (PT) obteve 4,7 milhões nos nove estados.
Com uma população de aproximadamente 54 milhões de habitantes, os nordestinos viveram um ganho importante na educação. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, o Nordeste viu o analfabetismo cair, ainda que em pequena proporção, de 2009, quando 17% de sua população analfabeta, para 15,8% em 2012. O número de estudantes universitários, por outro lado, subiu.
(no EL PAIS)

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