terça-feira, 11 de novembro de 2014

Publicidade infantil? Onde está a polêmica?


O tema parece que surpreendeu aos candidatos na redação do Enem, quando muitos revelarem não terem a menor ideia sobre o que seria “publicidade infantil”. O tema que é da maior relevância virou polêmica em função dos lucros que as empresas deixarão de ter, bem como as agências de publicidade, que se locupletam com o seguimento e veem reagindo às novas regras aprovadas, que visam coibir os verdadeiros abusos que se faz contra as crianças, e pais e famílias que se tornaram verdadeiros reféns de seus filhos manipulados que são, sobretudo, pelos comercias de TV.
 
      "Tema da redação do Enem e um dos assuntos mais comentados no Twitter desde o domingo, 10/11, a publicidade infantil é um tema de fundamental discussão. O assunto gerou muitas dúvidas nos estudantes e uma grande surpresa para parte dos que fizeram a prova. Você fez o Enem e não sabe o que é publicidade infantil? A gente explica!

Em abril deste ano, foi publicada a resolução 163 (link is external)(aprovada por unanimidade) do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que apontou que é considerado como abusivo o direcionamento de publicidade e comunicação mercadológica a crianças.

Assim, entendeu-se que a propaganda não pode incentivar a criança a consumir um produto ou serviço usando “linguagem infantil, efeitos especiais, excesso de cores, trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança, representação de criança, pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil, personagens ou apresentadores infantis, desenho animado ou de animação, bonecos ou similares, promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil e promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil”.

Desta forma, a norma protege as crianças, que ainda não estão preparadas para fazer escolhas sozinhas e podem ser facilmente influenciadas pela publicidade, por terem pouca capacidade de diferenciar realidade e ficção e de perceber os objetivos da publicidade.

As consequências disso tendem a ser bastante positivas, uma vez que podem conter o consumismo exacerbado e crescente na sociedade e ainda reduzir a obesidade infantil. A resolução se restringe a produtos e serviços com intenções mercadológicas, não abrangendo campanhas informativas e de utilidade pública.

A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) já havia apresentado em 2012 (link is external) um documento para regular a promoção e publicidade de alimentos e bebidas não-alcoólicas para crianças nas Américas.

Falar de publicidade infantil pode ser, de fato, inesperado. Entretanto, a relevância do assunto é enorme e o tema é atual e importantíssimo para ser discutido. (publicado em mudamais)

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