O tema parece que surpreendeu aos candidatos na redação do Enem, quando muitos
revelarem não terem a menor ideia sobre o que seria “publicidade infantil”. O tema que é da maior relevância virou
polêmica em função dos lucros que as empresas deixarão de ter, bem como as agências
de publicidade, que se locupletam com o seguimento
e veem reagindo às novas regras aprovadas, que visam coibir os verdadeiros
abusos que se faz contra as crianças, e pais e famílias que se tornaram verdadeiros
reféns de seus filhos manipulados que são, sobretudo, pelos comercias de TV.
"Tema da redação do Enem e um dos assuntos mais comentados no
Twitter desde o domingo, 10/11, a publicidade
infantil é um tema de fundamental discussão. O assunto gerou muitas dúvidas
nos estudantes e uma grande surpresa para parte dos que fizeram a prova. Você
fez o Enem e não sabe o que é publicidade infantil? A gente explica!
Em abril deste ano, foi publicada a resolução 163 (link is external)(aprovada
por unanimidade) do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente, ligado à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, que apontou que é considerado como abusivo o direcionamento de
publicidade e comunicação mercadológica a crianças.
Assim, entendeu-se que a propaganda não pode incentivar a
criança a consumir um produto ou serviço usando “linguagem infantil, efeitos
especiais, excesso de cores, trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas
por vozes de criança, representação de criança, pessoas ou celebridades com
apelo ao público infantil, personagens ou apresentadores infantis, desenho
animado ou de animação, bonecos ou similares, promoção com distribuição de
prêmios ou de brindes colecionáveis ou com apelos ao público infantil e
promoção com competições ou jogos com apelo ao público infantil”.
Desta forma, a norma protege as crianças, que ainda não
estão preparadas para fazer escolhas sozinhas e podem ser facilmente
influenciadas pela publicidade, por terem pouca capacidade de diferenciar
realidade e ficção e de perceber os objetivos da publicidade.
As consequências disso tendem a ser bastante positivas, uma
vez que podem conter o consumismo exacerbado e crescente na sociedade e ainda
reduzir a obesidade infantil. A resolução se restringe a produtos e serviços
com intenções mercadológicas, não abrangendo campanhas informativas e de
utilidade pública.
A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) já havia apresentado
em 2012 (link is external) um
documento para regular a promoção e publicidade de alimentos e bebidas
não-alcoólicas para crianças nas Américas.
Falar de publicidade infantil pode ser, de fato, inesperado.
Entretanto, a relevância do assunto é enorme e o tema é atual e importantíssimo
para ser discutido. (publicado em mudamais)
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