A desinformação e contrainformação
da mídia local com a farsa do “mensalão” tendo, inclusive, o seu epílogo exatamente
às vésperas, literal, das eleições de sucessão do presidente Lula, em 2010, foi
espetaculosa demais para um julgamento que, pelo menos hipoteticamente, tivesse
a relevância que teria, e não um espetáculo televisivo sem precedentes, mas que
não teve o efeito político – eleitoral esperado pelos seus idealizadores.
"Ex-diretor do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato reitera sua inocência e diz que 'mensalão' foi criado
pela oposição; "O que eles queriam? Tomar o poder. Não estavam satisfeitos
que um trabalhador, como Lula, estivesse no poder"; "A política é
suja", diz ele; na Itália, onde a Justiça negou ao Brasil sua extradição
para cumprimento da pena imposta a ele após condenação pela Ação Penal 470,
Pizzolato diz não ter feito "mal algum" e ter "todas as
provas" que apontam para sua inocência.
247 – Quase duas semanas
depois do julgamento em que a Justiça da Itália negou o pedido do governo
brasileiro para sua extradição, Henrique Pizzolato diz que o 'mensalão' foi
algo criado para derrubar o então presidente Lula. "Com o dinheiro do
Banco do Brasil não faltou um só centavo. Era impossível que alguém pegasse o
dinheiro", diz, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Questionado de quem seria, então, a responsabilidade,
afirmou: "Da oposição. O que eles queriam? Tomar o poder. Não estavam
satisfeitos que um trabalhador, como Lula, estivesse no poder".
Pizzolato diz viver melhor agora do que seus últimos dias no
Brasil, onde conta ter sido agredido e molestado pelas pessoas. "No
Brasil, eu não poderia sair do meu apartamento", afirma.
Condenado na Ação Penal 470, o 'mensalão', a uma pena de 12
anos e 7 meses de prisão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro,
Pizzolato afirma ter "todas as provas" que apontam para sua
inocência. "Eu sabia que era inocente", ressalta.
Questionado por que, então, fugiu para a Itália – Pizzolato
deixou o Brasil em novembro de 2013, um dia após a expedição de seu mandato de
prisão – ele responde: "para me salvar".
Ele critica, porém, o relato feito pela mídia sobre seu
processo de fuga: "Ali tudo foi uma fantasia. As pessoas precisam da
fantasia. Talvez, um dia, uma parte da imprensa vai entender que a calúnia não
faz parte da liberdade de imprensa. A imprensa precisa trazer informações, e
não ficção".
Um dos motivos alegados pela Justiça italiana para negar a extradição
de Pizzolato foi a condição precárias dos presídios brasileiros. "As
prisões são mediáveis. As pessoas são tratadas como animais", opina ele.
"Eu não prejudiquei ninguém. Eu encontrei uma maneira de proteger a minha
vida", comenta, ainda, sobre o fato de ter deixado o País para não cumprir
a pena.
Publicado em: brasil247
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