Uma coisa interessante no discurso de Marina sobre um “novo jeito” de fazer política, faz
parecer que ela “caiu do céu”, ou coisa do gênero, já que está fazendo política
a 26 anos, do jeito que agora parece negar. Então, o que aconteceu de só agora
ela achar que seria possível fazer algo “diferente”? Passou por alguma “lavagem
cerebral” para limpar o velho jeito que adotara até então?
O Aécio,
que surpreende pela acuidade política e analítica, o que não é do seu feitio,
acha que matou uma charada que só parece novidade pra ele: que a Marina está com o mesmo discurso deles,
tucanos, em termos econômicos. Ou seja, o mesmo jeito de fazer e governar que quer
remontar a um passado recente no governo do FHC/PSDB.
Um fato interessante que ajuda a explicar a extrema
submissão do ideário do PSDB, e,
pelo visto, da Marina, aconteceu no governo FHC. O chanceler do Brasil em
seu governo, Celso Lafer*, a
maior autoridade do Brasil nos EUA, como representante do governo, que tinha
imunidade diplomática como todos de qualquer país, na função, tinha o “espírito de vira-latas” e de subserviência
tão forte, que tirou os sapatos em aeroporto de Miami, em 31/01/2002, a mando
de um subalterno da segurança, para ser revistado. Pode?
Leia, na Folha:
Segurança nos EUA faz Lafer tirar sapato
Então, este é o jeito tucano de se relacionar com os
seus senhores. É o símbolo acabado da visão do governo Fernando Henrique Cardoso em sua relação com os EUA. Este,
portanto, é o sonho a resgatar de todos no PSDB, e pelo visto é o que pretende a
Marina, ou seja, reabilitar a subserviência do Brasil aos interesses dos EUA,
ou dizendo de outra forma, uma “colônia pós-moderna” dos EUA por aqui.
O mentor e
financiador de Marina, mesmo sem o tal Rede, é o Itaú, que embora tenha sede
por aqui e que no papel seria brasileiro, é, na realidade, um representante por
aqui dos interesses do grande capital multinacional sem pátria, e está se
lixando para o Brasil e o povo brasileiro. Ele, o Itaú, na figura de sua herdeira, Marcela Setúbal, não está nessa com a Marina por patriotismo ou
filantropia, com certeza!
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