Sabe quem é o Gilmar, não? É
o Gilmar Mendes. O único juiz do STF – na ativa – indicado por Fernando Henrique
Cardoso ao STF. Não é a primeira vez que ele é pego com a “mão na massa”, “pagando”
a sua indicação ao STF. E o Jobim, lembra-se? O jurista Nelson Jobim foi ministro
da defesa e do Supremo Tribunal Federal indicado por Fernando Henrique, onde
foi presidente, no período de 1997 a 2006.
A mentira foi – cocriada ou
“coinventada” – divulgada por Veja e visava envolver o ex-presidente Lula na
Ação 470 ou “mensalão”. Mesmo desmentido depois pelo Jobim, o Gilmar não se
retratou e manteve o acordo – que não é o primeiro – para criar falsas noticias
favorecendo aos seus patrões de fato – o FHC e o PSDB – tentando sujar a imagem
do Lula.
Leia o artigo:
"Jobim acusa Gilmar de ter produzido notícia falsa
Por Luis
Nassif
Dom,
22/09/2013 - 18:47 - Atualizado em 23/09/2013 - 13:38
Em
entrevista ao Último Segundo, do iG, o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal
Federal) Nelson Jobim, acusou seu colega Gilmar Mendes de ter mentido e
provocado notícias falsas sobre o encontro mantido com Lula. O escândalo
produzido por Gilmar serviu de espoleta para a catarse desfechada pela mídia na
cobertura da AP 470 e, especialmente, para a reação posterior do decano Celso
de Mello.
Segundo Jobim
relatou ao iG, "Na época em que houve um café da manhã no meu escritório,
Lula queria me visitar. Eu tinha saído do Ministério da Defesa na época, e ele
queria me fazer uma visita. E o Gilmar foi convidado para ir também. Foi uma
conversa tranquila, sem nenhuma dificuldade. Eu perguntei ao Gilmar sobre o
andamento do mensalão, se ia votar ou não ia votar. Ele disse que achava melhor
votar logo para resolver o assunto e foi isso. Trinta dias depois desse café da
manhã é que houve essa indignação do ministro Gilmar fazendo uma versão que não
era verdadeira e que, na época, eu neguei. Continuo negando".
Segundo
Jobim, Gilmar Mendes produziu uma falsa indignação trinta dias depois do
encontro. Teria sido apenas uma conversa amigável com Lula. Terminada a conversa,
Jobim e Gilmar ficaram conversando no escritório, na maior normalidade. Trinta
dias depois, Gilmar provoca o escândalo, aparentando uma falsa indignação.
"Trinte dias depois é que eu recebo a notícia de uma matéria da Veja.
Mandei uns SMS que eu tenho guardados ao ministro Gilmar. E ele disse que houve
uma série de coisas, que ele havia conversado com A, com B, com C. E que a
versão que tinha saído na Veja vinha de terceiros. E eu então disse, mas é
curioso. Como assim de terceiros, se éramos só nós três?".
Não foi a
primeira vez que Gilmar atuou em dobradinha com a revista Veja visando
influenciar julgamentos no STF. A outra vez foi o falso grampo de uma conversa
dele com o ex-senador Demóstenes Torres, que teria sido gravada. Jamais
apareceram provas da gravação. Além disso, perícias produzidas na ocasião
demonstraram ter sido impossível o grampo no PABX do Senado. Posteriormente,
descobriu-se que Demóstenes trabalhava em parceria com Carlinhos Cachoeira e
ambos em conluio com a revista Veja.
A armação
do grampo sem áudio permitiu a Gilmar e à Veja produzir uma capa escandalosa
que ajudou na prorrogação da CPI do Grampo e a anular os esforços da Polícia
Federal e do Ministério Público Federal na Operação Satiagraha.
Em nenhum
dos dois episódios, viu-se qualquer tomada de posição dos órgãos do Judiciário
em relação às manobras de Gilmar.
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