sábado, 17 de agosto de 2013

Mídia desembarca do “Tucanic”, ou porque a “mídia” resolveu falar do escândalo das propinas do PSDB

 Vale à pena dar uma olhada. Já falamos aqui do inusitado de ver esta velha mídia associada, noticiar o escândalo das propinas envolvendo o Serra, o Alckmin (além do Mario Covas, já falecido) todos governadores do PSDB, em um negócio de centenas de milhões de reais com empresas estrangeiras – Siemens, alemã, Alstom, francesa, entre outras  – em torno da compra e manutenção de trens e metrôs em São Paulo.

Alguns dirão que é jogo de cena, que toda vez que a grande mídia noticia alguma coisa desfavorável ao PSDB é porque, em seguida, virá bomba contra o PT. Essa, porém, seria uma explicação fácil para um grande noticiário que é preciso ter uma dose extra de má vontade para afirmar que tem poupado o tucanato paulista no âmbito do rumoroso “trensalão”.

Vá lá que não estejam existindo aquelas críticas furiosas e profusas que tonitruam sobre as nossas cabeças quando a acusação envolve petistas ou aliados tidos como mais fieis – ou algo próximo disso.

Porém, o que até a Globo vem divulgando sobre os escândalos Siemens-Alstom deixa o PSDB paulista em uma situação em que não há memória de ter sido igual ao menos no século XXI. Só para se ter uma ideia, denúncia do sindicato dos metroviários feita ao Cade na última terça-feira fora conhecida dias antes pelos telejornais.

O SBT, por exemplo, exibiu várias matérias mostrando que o Estado de São Paulo, ainda no governo Mario Covas, gastou R$ 1,7 bilhão com a modernização de 98 trens de metrô e que com um pouco mais seria possível comprar trens novos.

Segundo matéria publicada há vários dias pela tevê do Sílvio Santos, “O custo de reforma dos trens velhos foi de 85,7% do preço de um saído da fábrica e a base de comparação é outro contrato assinado no ano passado, em que um trem novo saiu por R$ 23,6 milhões. Já o reformado de 2009 custou, em média, R$ 17,1 milhões”.

Já a Globo, semana passada, gastou 8 minutos com denúncias menos detalhadas – e, portanto, menos comprometedoras –, mas que permitiram ao telespectador entender que há uma acusação grave contra os governos do Estado de São Paulo sob o comando do PSDB.

E não ficou só nisso. O caso foi parar até no tucanérrimo Jornal da Globo, exibido tarde da noite e, por isso, objeto das maiores, digamos assim, “licenças partidárias” da emissora.

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