domingo, 14 de julho de 2013

EUA fecha escolas e constrói mais prisões



Como vê, ao contrário do que muita gente costuma fazer, sobretudo certa mídia movida pelo espírito de vira-latas, nem tudo que se faz por lá serve de exemplo para ninguém em qualquer lugar. Alias, muitos motivos veem sendo dados para que se questione ou que até mesmo confirmam, que a prática democrática não é tão comum ou valorizado por lá, assim.
Negros serão os mais prejudicados pela medida; "catástrofe aos pobres", descreve diretor

A Prefeitura da Filadélfia, nos EUA, anunciou em março último que 23 escolas públicas da cidade irão encerrar suas atividades. A medida faz parte de um pacote de cortes de gastos públicos que prevê, entre outras coisas, o desligamento de 3 mil funcionários ligados às áreas de educação e cultura.

Na contramão do processo austero, a imprensa norte-americana revelou nesta quarta-feira (05/06) que a cidade investe na construção de uma penitenciária estadual estimada em 400 milhões de dólares.
O diretor das escolas públicas da Filadélfia, William R. Hite Jr, considera o corte uma “catástrofe à comunidade pobre” e aponta o paradoxo da situação. “Pedi para que o governo estadual nos ajudasse a manter as escolas funcionando, mas não fui atendido. Eles preferem investir em uma penitenciária”, afirma William Hite em entrevista à imprensa dos EUA.

O fechamento das escolas atinge em cheio a comunidade negra e as camadas populares da Filadélfia. Segundo informações oficiais, 81% dos estudantes negros da cidade, 11% dos latinos e 93% de baixa renda serão afetados com a medida. Em contrapartida, apenas 4% dos alunos brancos serão prejudicados.

O impacto social da expansão do sistema carcerário nos EUA também é sentido, sobretudo, pelos negros do país. Em cada dez homens negros, um deles está preso, segundo entidades de Direitos Humanos. O temor com o fechamento da escolas é a promoção de um circulo vicioso que leve ainda mais negros sem educação formal para prisão.
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