terça-feira, 16 de julho de 2013

Para não perderem seus privilégios, deputados são contra o financiamento publico das campanhas


Pelo visto, o lema da “reforma” vai ser: “É necessário que tudo mude se desejamos que tudo permaneça como está”, como disse o velho Lampedusa.

Um item central para a reforma eleitoral e política no país, o financiamento publico de campanha, pelo visto não vai “passar”, já que, enquete feita entre os 14 deputados escalados para o Comitê que irá finalizar o projeto de reforma do sistema eleitoral constatou que 8 são contra.

O sistema como está, onde o dinheiro privado, sobretudo de grandes grupos e empresas nacionais e estrangeiras financiam seus representantes de fato, às custas dos votos dos eleitores desavisados, é o ponto crucial do sistema, já que coloca o Congresso à serviço de interesses escusos, ocultos, na verdade, já que o eleitor não tem a mínima ideia do que o seu voto está elegendo ou a quem de fato está delegando o seu poder.

Com o financiamento publico exclusivo das campanhas, provavelmente, muitos parlamentares vitalícios iriam voltar para casa, já que não mais contariam com a mamata do “monte” de dinheiro disponibilizado pelo setor privado, e teriam que disputar os eleitores “pau a pau” com os demais, apenas com a verba publica igual para todos, o que poderia levar a uma verdadeira renovação na casa.

Logo, diante deste item, os demais se tornam secundários e irrelevantes, verdadeiras filigranas. E é o que vai acabar rolando com este tal projeto de reforma, ou seja: : “É necessário que tudo mude se desejamos que tudo permaneça como está”, como disse o velho Lampedusa, pois, o seu ponto básico que iria trazer transparência e lisura ao processo eleitoral, pelo visto, vai mesmo ficar de fora.

Veremos então um projeto cheio de “trique-triques” que irá apenas confirmar o velho ditado acima.

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