“Se não forem feitos mais investimentos para que se produza jornalismo de
melhor qualidade –, os EUA continuarão a navegar para o fundo do poço num mundo
de ficção, interesses escusos, paranóia direitista e factóides”
No Brasil, idem, sequer de centro, sempre foi de direita mesmo e a mais impertérrita- udenista-fascistóide, virou tucana-uspeana num mix de Sorbonne & Escola de Chicago e ultimamente enquadra-se como sionista-opusdeiana-Danuza-Leãosista – contudo, sempre fascista. Na melhor das hipóteses, pode-se dizer que houveram períodos, no passado não muito distante, quando as grandes empresas-imprensa faziam melhor seu trabalho no sentido de apresentar os fatos. E havia a chamada imprensa “underground” que publicava algum material que a grande imprensa-empresa não tinha onde por ou simplesmente ignorava. Assim, existiram jornalistas que revelaram os horrores sobre a segregação racial nos anos 50 e 60; correspondentes de guerra expuseram a terrível violência da Guerra do Vietnã nos anos 70; algumas grandes empresas-jornais desafiaram o governo dos EUA e publicaram a história real, vazada, daquela guerra, em 1971; o Washington Post revelou uma parte (embora evidentemente não tudo) dos crimes políticos de Richard Nixon entre 1972 e 1974; e o New York Times liderou a divulgação de uma parte da história suja da CIA em meados de 1970. Apesar desse trabalho ofender a Direita & alas do Establishment, tais matérias tiveram um elemento comum: eram histórias verdadeiras. Nesse sentido, não eram nem “liberais”, nem “conservadoras”, nem “centristas”. Era jornalismo simplesmente acurado, honesto, bem feito, e contribuiu para reavivar as instituições democráticas dos EUA, dos protestos nas ruas à pressão pelos tribunais contra quem chantageava e pressionava com lobbies funcionários do Estado. |
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