quinta-feira, 11 de abril de 2013

Estrelismo e grosseria de Joaquim Barbosa recebem condenação de entidades de juízes

Pelo visto ele deve estar sentindo muita falta das luzes e câmeras de repórteres e de TV para fazer o seu showzinho particular de ser superior e dono da verdade, depois que transformou um julgamento, a Ação 470, em espetáculo televisivo, atropelando, inclusive, o bom senso e, para muitos, a própria Constituição. Já percebeu que ele está sempre em pé, enquanto os outros estão sentados? Porque será?
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Um dia depois do encontro em que ouviram críticas e admoestações do presidente do STF, Joaquim Barbosa, os dirigentes das três principais associações de juízes do país divulgaram uma nota conjunta. No texto, insinuam que foram vítimas de uma emboscada. Afirmam que “ao permitir, de forma inédita, que jornalistas acompanhassem a reunião com os dirigentes associativos”, o ministro “demonstrou a intenção de dirigir-se aos jornalistas, e não aos presidentes das associações, com quem pouco dialogou, pois os interrompia sempre que se manifestavam.”

Os interlocutores de Barbosa afirmam que ele “agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa.” Assinam a nota os presidentes da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra; da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil, Nino Toldo; e da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho). Os três estavam presentes à reunião, ocorrida na tarde desta segunda-feira (8).

O encontro durou cerca de uma hora. Foi filmado pela TV Justiça e aberto aos repórteres, que puderam gravar o áudio da conversa. Barbosa foi ácido com os visitantes. Criticou-os por terem apoiado no Congresso a criação de quatro novos Tribunais Regionais Federais. A emenda constitucional que deu à luz os TRFs foi aprovada na Câmara na semana passada. Já havia passado pelo Senado. Aguarda apenas a promulgação.

Os dirigentes das associações de magistrados afirmam que, ao discutir com eles sob olhares dos jornalistas, Barbosa “mostrou sua enorme dificuldade em conviver com quem pensa de modo diferente”. Acha que “somente suas ideias sejam as corretas.” Os signatários da nota enxergaram um quê de ineditismo no episódio. “O modo como [Barbosa] tratou as associações de classe da magistratura não encontra precedente na história do STF.”



Anotam ainda no documento que, ao dizer que os congressistas foram induzidos a erro pelas entidades de magistrados, Barbosa ofendeu também o Legislativo. “Dizer que os senadores e deputados teriam sido induzidos a erro por terem aprovado a proposta de emenda constitucional nº 544, de 2002, que tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados ofende não só a inteligência dos parlamentares, mas também a sua liberdade de decidir, segundo as regras democráticas da Constituição da República.”

Acrescentam: “É absolutamente lamentável quando aquele que ocupa o mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro manifeste-se com tal desprezo ao Poder Legislativo, aos advogados e às associações de classe da magistratura, que representam cerca de 20 mil magistrados de todo o país.” Avaliam que “os ataques e as palavras desrespeitosas dirigidas às associações de classe, especialmente à Ajufe, não se coadunam com a democracia, pois ultrapassam a liberdade de expressão do pensamento”.

Os líderes da corporação dos juízes já não parecem contar com a hipótese de estreitar inimizades com Joaquim Barbosa. Ao contrário. Insinuam que desejam a ele uma presidência breve. “Como tudo na vida, as pessoas passam e as instituições permanecem. A história do STF contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes.”

- Serviço: Aqui, a íntegra da nota das entidades de magistrados. (De Josias de Souza)

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4 comentários:

  1. Embora pareça aleatório, ele fica em pé para manter não só a impressão de superioridade mantendo o efeito psicológico, já comprovado, sobre os seus interlocutores quando, dada a situação, não permitiria aos demais de fazerem o mesmo.

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    1. Olá!

      É verdade.

      O efeito é poderoso e, adicionado à sua antológica grosseria no trato com o contraditório, o que ficou claro no julgamento da Ação 470, bem como o relatado neste artigo e aliados ao estrelismo diante das câmeras, amplia a sua imagem prepotente e onisciente, que, infelizmente agrada a certa parcela do público que costuma associar truculência com eficiência, confiabilidade e senso de justiça.

      Um abraço

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  2. Talvez ele tenha um furúnculo crônico no sentador.

    kkkkkkkkk...

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