sexta-feira, 5 de abril de 2013

As relações do governo Lula e Dilma com o Estado de Pernambuco

Trecho de entrevista com o Ministro da Educação Aloísio Mercadante, falando sobre as relações dos governos Lula e Dilma com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos e a importância de manutenção das alianças da base popular para evitar retrocessos institucionais e perda de conquistas relevantes para a população e para o Brasil.

Quando Arraes tomou posse em 1963 ele disse o seguinte no discurso: “No Brasil de hoje, como em qualquer outro país em atraso, as lutas sectárias têm que ser evitadas. Do processo da revolução brasileira devem participar todos aqueles realmente interessados na superação da miséria e do atraso”. Essa frase é profética, porque logo em seguida a divisão no campo popular levou ao retrocesso histórico, à ditadura (de 1964) que já conhecemos.
Valor: Com que argumento o governo pretende reconquistar o governador Eduardo Campos para a base?
Mercadante: Quando começamos, em 1989, fui com Lula inúmeras vezes a Pernambuco conversar com aquela grande liderança histórica que era [o avô de Campos] Miguel Arraes. Naquele momento tivemos ali uma participação decisiva do PSB de Arraes. A Frente Brasil Popular era PT, PCdoB e PSB. O PSB sempre esteve no governo conosco. O Eduardo foi ministro do Lula, extremamente dedicado ao projeto e o governo dele em Pernambuco é um êxito compartilhado com o esforço que o governo federal fez. Só em investimentos federais foram R$ 60 bilhões: reforma do porto, estaleiro Atlântico, duplicação de rodovia, ferrovia Transnordestina, fábrica de hemoderivados, refinaria, polo petroquímico, a presença da Fiat [o ministro cita de memória todas as iniciativas federais em Pernambuco]. Tudo isso foi construído em um empenho muito grande em levar projetos estruturantes que mudaram a história de Pernambuco. Essa aliança foi muito importante para nós e para o êxito do governo dele. Por isso, no que depender de nós estaremos sempre empenhados em mantê-la.

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