Pelo
visto, o “espírito cívico” ou fervor justiceiro que moveu o Joaquim Barbosa no julgamento da Ação 470, tratado pela mídia como o “mensalão do PT”,
em período eleitoral, – que encerrou, exatamente, no final do 2º turno –, se
esgotou.
Ou será se esgotaram as “motivações ocultas” de sua veemência contra o PT? Já que o tal julgamento foi, no mínimo, questionável.
Leia: Magistrados rebatem Joaquim Barbosa e “insinuam” arbitrariedade no Mensalão
Talvez
tema “a língua” da mídia – leia-se: Veja, Globo, Folha e Estadão – já que teria
que analisar, e julgar, (condenar?) o “mensalão
tucano”, que, aliás, é bem anterior ao “do PT” e, e bom lembrar, foi quem
criou o tal esquema no final do governo do FHC,
PSDB.
Ele deve
estar esperando, como o PSDB e toda a mídia associada, que o processo prescreva,
caduque, e não seja mais possível julgar ou condenar ninguém.
Você, que
aplaudiu o “Salvador da Pátria – lembra-se da matéria de capa da Veja? – e
agora, o que acha?
Mais
informações sobre, os já, 100 dias do Joaquim Barbosa à frente do STF:
Desde 22 de novembro do ano passado o ministro Joaquim Barbosa assumiu a presidência do Superior Tribunal Federal (STF). Pelo comportamento durante o julgamento do chamado mensalão (Ação Penal 470) e passado o período eleitoral, muita gente esperava que a fila de processos contra políticos denunciados andaria. Porém, depois de atuar como se estivesse inaugurando uma nova era de "tolerância zero" contra a corrupção, Joaquim Barbosa completa 100 dias na presidência do STF sem nenhum julgamento penal significativo e nem sequer se vislumbra no horizonte quando será o julgamento, por exemplo do "mensalão" tucano.
Não se pede que o ato de fazer justiça seja atropelado a ponto de condenar pessoas culpando-as por atos dos outros ou por ilações, como está cada vez mais claro que aconteceu na Ação Penal 470. Pede-se, isso sim, que se inocente quem tenha de ser inocentado – porque muitos adversários políticos denunciam uns aos outros, e nem toda denúncia tem fundamento. Mas também a corte não cumpre seu papel se não julga ninguém que está com processo pronto para ser julgado, ou deixa prescrever.
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