quarta-feira, 6 de março de 2013

Emir Sader descarta risco de insegurança ou caos na Venezuela pós-Chávez


Rio de Janeiro – O futuro presidente da Venezuela terá que ser escolhido por uma nova eleição, que ocorrerá nos próximos 30 dias. Apesar disso, o cientista político especialista em América Latina Emir Sader, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), não vê qualquer risco de “insegurança, incerteza ou caos” no país vizinho.

Sader aposta na eleição de Nicolás Maduro, o vice-presidente que assumiu interinamente o comando do país com a incapacitação e a consequente morte de Hugo Chávez. De acordo com o cientista político, o chavismo já havia demonstrado força nas eleições presidenciais, que reelegeram Chávez, e estaduais, que garantiram o comando de 20 dos 23 estados venezuelanos a aliados do ex-presidente. Ambas ocorreram no ano passado.

O clima de comoção nacional após a morte de Chávez deve contribuir ainda mais para uma vitória de Maduro. “Claro que vai faltar o líder, o carisma e a capacidade de liderança popular. Mas ele [Maduro] será eleito e governará por seis anos. Portanto, haverá a maior continuidade possível”, disse Sader, ressaltando que não vê possibilidade de racha no comando do chavismo. “Nada indica [que haverá um racha no chavismo]. A decisão do Chávez foi muito clara sobre a continuidade.”

De acordo com Sader, o grande legado de Chávez foi ter reduzido a miséria no país. “A Venezuela era um caso escandaloso. Um país petroleiro, que tinha níveis de miséria brutais. Chávez conseguiu dar uma volta nisso e mudou a fisionomia social do país. Segundo, ele privilegiou a integração regional [da América Latina] e não com os Estados Unidos. Terceiro, ele recuperou a PDVSA [Petróleos de Venezuela], que era um empresa estatal, mas na prática, privatizada, para utilizá-la para políticas sociais e processos de solidariedade latino-americana”, disse.

No entanto, o cientista político diz que o presidente, que ficou quase 14 anos no poder, não conseguiu lidar com a violência. “É um problema da América Latina e que na Venezuela também é agudo. A questão da violência urbana fica pendente ainda para ser resolvido.” (Da Agência Brasil)

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