Talvez os traços reminiscentes do
velho “espírito de vira-latas”, como disse o Nelson Rodrigues, que ainda
habitam os nossos corações e mentes, nos faça torcer o nariz para manchetes
assim. Entretanto, não custa dar uma olhada no texto abaixo e conferir o porquê
da afirmação, inclusive para que possamos discordar ou “meter o pau” com mais
propriedade.
Para o sociólogo italiano Domenico De
Masi, "o Brasil não é o melhor dos mundos possíveis, mas é o melhor dos
mundos existentes".
"Depois de copiar o modelo
europeu por 450 anos e o modelo americano por 50, agora que ambos estão em
crise e ainda não há um novo para substituí-lo, chegou a hora de o Brasil
propor um modelo para o mundo", diz De Masi.
De Masi desembarca no país para
participar da primeira edição do "Refletir Brasil - Diálogo com a
Brasilidade", em Paraty, de 20 a 22 de março. O evento reunirá
intelectuais e lideranças em mesas temáticas sobre cultura, educação, economia,
criatividade e sustentabilidade.
Professor da universidade romana de La
Sapienza, De Masi, hoje aos 75 anos, se tornou internacionalmente conhecido em
2000, com o lançamento de "O Ócio Criativo".
Na obra, o autor defende a redução das
jornadas de trabalho e a flexibilização do tempo livre, em um contexto mais
adequado à globalização e à sociedade pós-industrial.
Desde então, tem se dedicado à análise da organização da cultura de trabalho
criativo na vida contemporânea e a estudos comparativos sobre a herança de
diferentes modelos de vida no mundo --do indiano, chinês ou japonês, ao
muçulmano, judaico, católico ou protestante.(Luis Nassif)
Leia abaixo trechos da entrevista concedida à Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.