A parte mais visível do programa de
governo do Russomanno para a cidade de São Paulo, caso seja eleito, é criar
uma sociedade teocrática sob inspiração da Iurd ou a Igreja
Universal, do Bispo Edir Macedo, como pode ler no artigo: Se
governo, Russomanno quer uma cidade “teocrática"
Este deve ser o motivo real que
justifica a sua recusa em participar de debates com os demais
candidatos, pois um programa assim não é passível de discussões,
sobretudo quando se sabe que o Estado, como o Município, é laico,
por princípio constitucional.
Embora tenha, por força da lei,
apresentado à Justiça um programa genérico para a sua eventual
administração, a ausência de propostas concretas para governar a
maior e uma das mais problemáticas cidades do país, o deixaria
muito vulnerável em um debate público aberto.
Isso, tambem, porque ainda lidera
a disputa com 32% dos votos - caiu 3 pontos na pesquisa DataFolha divulgada ontem, terça-feira - seria um risco
muito alto expor aos adversários, e ao eleitorado, um flanco aberto
assim como a falta de propostas claras para o enfrentamento aos
graves problemas da cidade.
Embora o voto evangélico não seja
passível de alteração em eventual “perda” no debate, já que
os seus principais cabos eleitorais, os pastores da Iurd, garantem a
fidelidade do eleitor, o mesmo poderia não acontecer com o grosso do
eleitorado paulistano que deve definir as eleições, sobretudo em um
provável segundo turno.
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