Enquanto a mídia costuma centrar os
seus holofotes na violência no Rio de Janeiro, a policia de São
Paulo – nos governos Serra e Alckmin – tem carta branca para
resolver os problemas sociais que as administrações não conseguem,
eliminando-os simplesmente. Deve ser parte da política do PSDB,
tambem colocada em ação pelo Kassab, de “limpeza da cidade”,
como pode conferir nos links abaixo.
"Periferia de São Paulo vive terror, com toques de recolher, execuções sumárias e chacinas suspeitas de participação policial.
Por Tatiana Merlino
O carro modelo Blazer para na rua Frederico Martins da Costa Carvalho, no Jardim Planalto, em Sapopemba, bairro da zona leste de São Paulo. Os policiais da Rota descem e caminham por entre moradores da rua movimentada. Entram em uma viela e andam até o barraco de Marquinho. “Se amanhã a gente vier e vocês estiverem aqui, vamos matar todo mundo!”, gritam ao dono do barraco e a seus amigos.
A ameaça é ouvida também pelos moradores da vizinhança, entre eles, crianças. Bruno, um dos que estão no barraco na hora da visita da polícia, na quarta-feira, 4 de julho, conta aos pais a ameaça recebida. “Meu filho, fique esses dias dentro de casa, por favor”, pede a mãe do garoto de 17 anos. Em vão. Dois dias depois, no final da manhã de sexta-feira, 6, os policiais cumprem o prometido.
Arrombam o barraco, espancam os três homens que ali estão e os obrigam a se ajoelhar. “Eu vou morrer, eu vou morrer!”, “Não me matem, por favor!”, ouvem os vizinhos.
Na sequência, dezenas de tiros. Os corpos são arrastados pelas escadas do barraco sob o olhar dos moradores da rua e levados até a viatura, deixando um rastro de sangue. Um dos corpos é o de Bruno Ramos Garcia, que – juntamente com o de Marco Antônio da Silva, 40 anos, o Marquinho, dono do barraco, e Marco Aurélio da Silva, de 36 anos – é colocado na Blazer da Rota.
Em seguida, os moradores veem os policiais entrando com uma sacola no barraco. “Lá tinha arma, droga, material de preparar droga. Antes não tinha nada disso dentro do barraco”, garante Josefina*, moradora da região, que pede para ter seu nome modificado por questões de segurança. “De repente aparece liquidificador, balança... Foram eles [os policiais] que levaram, é claro”, acusa.
Leia tambem:A versão oficial, da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, é de que os policiais da Rota foram ao local checar uma denúncia anônima de que ali seria um ponto de venda de drogas. Os PMs teriam sido recebidos a tiros. No entanto, nenhum deles se feriu. (da Revista Caros Amigos)
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