sábado, 15 de setembro de 2012

Americanos mortos são novo pretexto para a escalada antiterrorista

Paranoias conspiratórias à parte este tal filme contra o islamismo e a onda de revoltas com o saldo que conta de 4 norte-americanos mortos chegam em boa hora e muito melhor do que a encomenda. O discurso pronto previamente já foi feito: Estas mortes não foram provocadas por manifestantes populares revoltados, mas, por um comando terrorista em atentado premeditado.

É o “novo 11 de setembro”, ou o pretexto para os EUA justificarem a escalda de suas incursões nas terras dos outros em sua sanha de espoliação e roubo, mesmo, sobretudo em tempos de eleições duras, com um eleitorado alienado já acostumado a ser enrolado pelos seus políticos, como a farsa das “armas de destruição em massa” do Iraque, aliado ao falso discurso civilizatória como o que pretendia levar a democracia ao povo iraquiano e a outros países “atrasados” na região.

A época é oportuna – 11 de setembro – é um bom pretexto para mexer nas eleições que podem tanto mostrar hipotéticos vacilos do Obama neste enfrentamento das questões na região, como a invasão da Síria e do Irã, bem como reforçar o discurso e alternativa, o conservador Romney, que vem prometendo radicalizar e jogar duro contra os “infiéis” que insistirem em querer defender os seus países contra invasor, a “ameaçarem” Israel e contrariarem os “legítimos desejos dos EUA”.

Foi o que disse o Obama, para os eleitores, a estas alturas sedentos de vingança:"Seu sacrifício nunca será esquecido, levaremos à justiça aqueles que os arrebataram. Vamos resistir à violência em nossas missões diplomáticas", disse durante cerimônia, diante dos corpos na base aérea de Andrews, nos EUA.

Disse ainda:Vamos continuar a fazer tudo que estiver em nosso poder para proteger norte-americanos no exterior, seja aumentando a segurança em nossos postos diplomáticos, trabalhando com os países que recebem essas missões -que tem a obrigação de fornecer a segurança- e deixando claro que a justiça chegará para aqueles que ferirem americanos".

É o momento ideal. O algoz posa de vítima e afia as unhas para a retaliação, pois, a deixa já lançada, quando afirmam que a morte dos norte-americanos não foi uma consequência de uma manifestação de revolta que saiu do controle, mas um atentado premeditado feito por um comando terrorista, o discurso preparado junto com o filme, que por sinal foi feito por um israelense.
A fórmula é simples. Falar mal de Maomé é uma receita tão óbvia em seus resultados ou consequências que os islâmicos sempre caem na “pegadinha”.
Enquanto os EUA e seus aliados na União Europeia, estes em uma dimensão até irrisória, mantiverem a parte de sua economia que ainda funciona, em meio à quebradeira, fundamentada na industria de guerra, a paz é mais que uma ilusão, é absolutamente impossível, sobretudo, com os EUA que detendo 78% deste mercado, que fazem crescer sempre.

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