Paranoias conspiratórias à parte este tal filme
contra o islamismo e a onda de revoltas com o saldo que conta de 4
norte-americanos mortos chegam em boa hora e muito melhor do que a
encomenda. O discurso pronto previamente já foi feito: Estas mortes
não foram provocadas por manifestantes populares revoltados, mas,
por um comando terrorista em atentado premeditado.
É o “novo 11 de setembro”, ou o pretexto para os
EUA justificarem a escalda de suas incursões nas terras dos outros
em sua sanha de espoliação e roubo, mesmo, sobretudo em tempos de
eleições duras, com um eleitorado alienado já acostumado a ser
enrolado pelos seus políticos, como a farsa das “armas de
destruição em massa” do Iraque, aliado ao falso discurso
civilizatória como o que pretendia levar a democracia ao povo
iraquiano e a outros países “atrasados” na região.
A época é oportuna – 11 de setembro – é um bom
pretexto para mexer nas eleições que podem tanto mostrar
hipotéticos vacilos do Obama neste enfrentamento das questões
na região, como a invasão da Síria e do Irã, bem como reforçar o
discurso e alternativa, o conservador Romney, que vem prometendo radicalizar e jogar
duro contra os “infiéis” que insistirem em querer defender os
seus países contra invasor, a “ameaçarem” Israel e
contrariarem os “legítimos desejos dos EUA”.
Foi o que disse o Obama, para os eleitores, a estas
alturas sedentos de vingança:"Seu sacrifício nunca será
esquecido, levaremos à justiça aqueles que os arrebataram. Vamos
resistir à violência em nossas missões diplomáticas",
disse durante cerimônia, diante dos corpos na base aérea de
Andrews, nos EUA.
Disse ainda:Vamos continuar a fazer tudo que
estiver em nosso poder para proteger norte-americanos no exterior,
seja aumentando a segurança em nossos postos diplomáticos,
trabalhando com os países que recebem essas missões -que tem a
obrigação de fornecer a segurança- e deixando claro que
a justiça chegará para aqueles que ferirem americanos".
É o momento ideal. O algoz posa de vítima e afia as
unhas para a retaliação, pois, a deixa já lançada, quando afirmam
que a morte dos norte-americanos não foi uma consequência de uma
manifestação de revolta que saiu do controle, mas um atentado
premeditado feito por um comando terrorista, o discurso preparado
junto com o filme, que por sinal foi feito por um israelense.
A fórmula é simples. Falar mal de Maomé é
uma receita tão óbvia em seus resultados ou consequências que os
islâmicos sempre caem na “pegadinha”.
Enquanto os EUA e seus aliados na União Europeia,
estes em uma dimensão até irrisória, mantiverem a parte de sua
economia que ainda funciona, em meio à quebradeira, fundamentada na
industria de guerra, a paz é mais que uma ilusão, é absolutamente
impossível, sobretudo, com os EUA que detendo 78% deste mercado, que
fazem crescer sempre.
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