As forças militares brasileiras só dispõem de
munições para uma hora de resistência, segundo declarou o general
Maynard Santa Rosa a O Globo. No caso de uma situação
de guerra, dependeríamos de um grande esforço diplomático, a fim
de ganhar tempo e mobilizar a nação às pressas para a defesa do
território.
É certo que uma ocupação militar do Brasil por força
invasora é quase impossível, e que teríamos condições de
expulsá-la depois de imensos sacrifícios da população civil. Mas,
nos restaria a destruição de nossos centros industriais mais
importantes.
Guerra quer dizer tecnologia. Desde o arco e a
flecha — invenção que surgiu, segundo os antropólogos, com o
neolítico — os países mais poderosos são aqueles na vanguarda da
produção de armamentos. Preservar a paz é preparar-se para a
guerra, conforme a constatação dos romanos. Quer pela nossa índole,
quer por desídia, ou por confiança na sorte, o Brasil talvez seja,
relativamente, o país mais indefeso do mundo.
O país procura investir na sua defesa, mas está
muito moroso e comete um erro crasso, o de não produzir seus
próprios armamentos e petrechos de combate. Estamos
desnacionalizando o pouco de indústria bélica de que dispomos, com
a entrada maciça de empresas estrangeiras (entre elas, e de forma
agressiva, as de Israel) no parque industrial brasileiro, mediante a
aquisição de firmas nacionais ou de sua associação com nossos
empreendedores.
No mundo inteiro, quem comanda a produção de
armamentos – direta ou indiretamente — é o Estado. No Brasil, um
bom caminho é a criação da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa
(Amazul), vinculada ao Ministério da Defesa. Aprovada pelo
Congresso, a estatal foi criada na semana passada pela presidente
Dilma Rousseff, com o objetivo, entre outros, de construir o
primeiro submarino movido a energia nuclear feito pelo Brasil, em
sociedade com os franceses.
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