Desde o inicio da crise que o Lula, e agora a Dilma, vem batendo na mesma tecla para os dirigentes na União Europeia e EUA, que a saida para a crise passa longe do arrocho que veem promovendo. O Obama, pelo visto, resolveu adotar o discurso do Lula, para cair nas boas graças do eleitor.
O discurso de hoje do presidente Barack Obama sobre a necessidade de se gerar mais empregos nos Estados Unidos por uma combinação público-privada e a sua receita para barrar a crise europeia via crescimento, e não cortes, bate com as propostas para os mesmos problemas tornadas públicas há alguns anos pelo presidente Lula.A incômoda lembrança do que conteceu com o Sarkozi, na França e que ameaça a Angela Merkel, na Alemanha, limpar as gavetas e voltar para casa mais cedo, fez o Obama repensar o velho discurso e "virar discípulo" do Lula, para ver se consegue levar a reeleição.
Obama disse hoje exatamente a mesma coisa que Lula. A diferença do que acontece na Europa agora e nos Estados Unidos e o Brasil daquela época é que aqui optou-se pelo crescimento, regulação do mercado, interferência no Estado em algumas ações de agentes econômicos, incentivo a setores geradores de emprego, políticas de compensação e estímulo ao consumo. Deu certo. Coincidência?
Na verdade, não chega a ser a descoberta da pólvora barrar a estagnação com crescimento e consumo. Dar um basta na austeridade absoluta é um certo estilo Keynes de tratar o que hoje chamamos de "crise na Zona do Euro".
Por isso, Sarkozy foi para casa e, se bobear, até o povo alemão manda Angela Merkel vestir pijama logo, logo.
Obama disse com todas as letras que a crise europeia será superada pela flexibilização e não com mais cortes.
Ou Obama cola no estilo Lula ou perderá a eleição para Mitt Romney. [Sideny Resende]
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