segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Greves das PMs, pode ser o momento de mudanças no sistema

Soldado da Força Nacional observa  grevistas, na Bahia
É um resultado inesperado das greves da polícia militar. O tiro pode sair pela culatra, pelo menos pela ótica da corporação, com a volta às discussões de temas pendentes há já um bom tempo sobre as reais funções da polícia militar.

Temas como a unificação com a policia civil, a desmilitarização – já que ao pé da letra a hierarquia ou o corpo de oficiais não funciona na prática, como ficou claro nas greves – ou mesmo a redução de efetivos de “baixa patente” e aumento e melhoria da remuneração das tropas de elite como a Força Nacional.

O momento é de reflexão e mudança e pode não ser de boas noticias para a maioria da tropa. Ficou claro que algo precisa ser feito, pois, a população não pode ficar refém de uma polícia que tem a função constitucional de protegê-la.

O país está prestes a sediar eventos internacionais de grande porte como a Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016 e, a julgar pela estratégia dos grevistas de utilizarem a ameaça à realização de eventos importantes, agora, o Carnaval na Bahia e Rio de janeiro, como argumento de pressão, aliado ao vandalismo que chegou às rais do banditismo, armados fora de sua função oficial, como aconteceu na Bahia, não dá mais para protelar uma mudança no sistema.

Existe ainda o fator adicional de instrumentalização das greves por políticos e partidos de oposição em ano eleitoral, como foi veiculado pela mídia, em uma categoria onde fazer greve é um recurso vedado pela Constituição Federal.

O momento é agora, sobretudo quando se sabe que outras greves se gestam pelo país, orquestradas pelo mesmo sistema que gerou em Salvador e no Rio de Janeiro.

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