Acuada, como um
bicho ferido, por uma crise sem precedentes e correndo o risco de
ficar isolada no próprio contexto da União Europeia, a Inglaterra,
como os EUA, “ciente de seus dentes”, ainda afiados – poderio
militar e naval – apela para uma retórica agressiva de defesa da
soberania, saindo do discurso e partindo para a ignorância, como se
diz, em sua tentativa de manter a posse colonial das Ilhas Malvinas.
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A decisão da União
Européia de reconhecer o arquipélago das Malvinas como seu
território, endossando as posições belicistas do premiê
britânico, David Cameron, que aprovou um plano para aumentar o
contingente militar nas ilhas, serve para reacender um dado histórico
que nunca deve ser esquecido: a tragédia dos países da América
Latina, com seu fundo aberrante de exploração, miséria e
desculturalização é uma só e com os mesmos inimigos: o
neocolonialismo europeu e o imperialismo estadunidense.
Uma atualização política do currency board, sistema inventado pelo império inglês para controlar seus domínios. Se nele, a colônia não tem autonomia nenhuma e a economia flutua ao sabor do déficit comercial, na geopolítica, que se afigura ameaçadora, os países periféricos voltam a orbitar em torno dos ditames das grandes potências. Cameron tira as gravatas de seda e os ternos alinhados para, três décadas depois, reafirmar a retórica de Margareth Thatcher.
Uma atualização política do currency board, sistema inventado pelo império inglês para controlar seus domínios. Se nele, a colônia não tem autonomia nenhuma e a economia flutua ao sabor do déficit comercial, na geopolítica, que se afigura ameaçadora, os países periféricos voltam a orbitar em torno dos ditames das grandes potências. Cameron tira as gravatas de seda e os ternos alinhados para, três décadas depois, reafirmar a retórica de Margareth Thatcher.
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