domingo, 29 de janeiro de 2012

Genocídio armênio. Israel discute reconhecimento depois que a Turquia virou desafeto

É como diz o velho ditado: “Pimenta no olho dos outros é refresco”. O Estado de Israel que não deixa ninguém esquecer do holocausto e que inspira leis internacionais – em muitos países – que pune as pessoas que negam a sua existência, sempre negou o genocídio armênio perpetrado pela Turquia, por conveniências políticas e militares em suas relações com o governo de Ancara.

O extermínio de 1.5 milhões de armênios pela Turquia, em 1915, é pouco conhecido e divulgado – só foi reconhecido pela ONU em 1985 ou 70 anos depois – e, para comprovar que a política de não-reconhecimento de Israel era um arranjo de interesses em agradar o antigo aliado, um projeto de lei que propõe o reconhecimento está em discussão no país.

Isso só ocorre, agora, quando a Turquia rompeu as relações com o Estado de Israel depois da morte, por soldados israelenses, de 10 turcos que integravam a “Flotilha pela Liberdade de Gaza”, (05/2010), uma iniciativa civil de varias nacionalidades que tentou levar alimentos e remédios aos palestinos.

Esta atitude de “dois pesos e duas medidas” é incompreensível diante da luta de Israel em, como falamos acima, não deixar ninguém esquecer – ou negar – o holocausto dos judeus.

Fonte: Folha

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