sábado, 3 de dezembro de 2011

Zara, a grife flagrada utilizando trabalho escravo, recusa acordo com o MPT

A Zara, é uma grife estrangeira de moda feminina, que pertence a Inditex, mais valiosa companhia do setor têxtil do mundo, com presença em 80 países, com lojas nos melhores shoppings no Brasil e que foi flagrada explorando mão de obra escrava de imigrantes, como foi noticiado pela mídia a época, se recusou (01/12/11) a assinar um termo ou acordo – com multa - com o Ministério Publico do Trabalho, MPT.

Ela deve estar se espelhando nos inúmeros casos de trabalhos escravos flagrados e autuados no país, quando as punições são tão brandas que funcionam quase como um estímulo a reincidência como ocorre com certa frequência, sobretudo em empresas construtoras e agropecuárias.

Projetos de lei que visam endurecer as punições, tipo confiscar as fazendas e ou propriedades flagradas na prática, dormem um sono eterno nas gavetas do Congresso, onde boa parte dos parlamentares são pecuaristas ou empresários interessados que as coisas continuem como está.

Deve ser o que explica o pouco caso da Zara com o acordo proposto que, na realidade, livra a sua cara de complicações e prejuízos maiores, pois, deve confiar no “jeito” para levar as coisas com a barriga e, quem sabe continuar fazendo a mesma coisa, depois, com a certeza da impunidade.

Você, mulher, acha que consumir, ou continuar a consumir, os produtos da Zara é uma coisa normal, natural e que você não tem nada a ver com isso?

Ou que um eventual boicote aos seu produtos pode ser uma atitude cidadã e de consciência, mesmo que seja, apenas, íntima e pessoal?

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