A quebra do monopólio da Petrobras sobre a
exploração de petróleo no país ocorreu em 1997 no governo FHC
(PSDB), quando, tambem, foi feita a privatização da empresa. No
final de seu governo, o Lula (PT) promoveu a reestatização de fato
da empresa, Pré-sal
Petróleo S/A. Nova estatal “nacionaliza” o petróleo, em
momento oportuno para garantir ao Brasil a posse real das riquezas do
pré-sal.
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Quatorze anos depois da quebra do monopólio na
exploração de petróleo no país, a Petrobras mantém o domínio
quase absoluto do setor. Concentra as importantes descobertas dos
últimos anos e responde por quase 90% da produção nacional.
Desde 1999, foram enviadas 1.201 notificações de
descobertas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), mas apenas 152
se mostraram comerciais e receberam ou ainda vão receber
investimentos que resultarão em nova produção de óleo ou gás.
Dessas 152 descobertas, 92 foram feitas em campos operados pela
Petrobras.
No mar, houve 49 descobertas no período, sendo 39 em
áreas operadas pela estatal. A maioria são campos em terra, de
pequenas dimensões e que agregam pouco à produção nacional, com
exceções importantes como as reservas de gás da Petrobras no rio
Solimões e da OGX no Parnaíba.
A estatal também responde pelo maior volume de
investimentos previstos para os próximos anos. Planeja investir US$
215 bilhões até 2015, ou 83,3% do total do setor de petróleo e
gás. As companhias estrangeiras são responsáveis pela produção
de 10% do petróleo no país. Em outubro, extraíram 216 mil barris
de óleo e gás por dia, ante uma produção total de 2,5 milhões de
barris/dia.
Os adiamentos das novas rodadas de licitações
para exploração - o último leilão foi em 2008 e a 11ª rodada vem
sendo postergada desde abril - acentuam o poderio da Petrobras,
porque fecham o espaço para a operação de novos concorrentes. "O
monopólio está voltando a todo vapor", afirma Wagner Freire,
ex-diretor da Braspetro e da Petrobras. (Valor)
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