Este quadro foi provocada pelos desmandos do sistema financeiro que,
apesar de ter provocado todo o caos continua dando as cartas e
atolando mais ainda as economias de muitos países e sobretudo o
emprego e a qualidade de vida das pessoas.
No Brasil a “carona”
na onda são as manifestações contra a corrupção, ao
contrário daquelas dos indignados de outros países que são
espontâneas, aqui elas são orquestradas pela mídia com suas
intenções político-partidárias, que veem tentando “colar” nos
governos do Lula e da Dilma esta praga que é tão antiga como o
Brasil.
Claro que a corrupção
deve ser combatida e este enfrentamento nunca foi tão grande e
contundente como no governo Lula e, agora, no atual governo. O
problema é que desinformados por esta mídia tendenciosa e
partidária, a percepção da corrupção pela população e
manifestantes é parcial senão equivocada.
Na cantilena da mídia
a corrupção é um fenômeno unilateral, senão
governamental, quando não é esclarecido ou informado o papel dos
corruptores, ou as grandes empresas privadas que são poupadas nas
‘denuncias’ e que se tornam cada vez mais ricas às custas da
coisa publica.
A própria atuação
dos “lobbys” de empresas nacionais e estrangeiras junto
aos deputados, muitos dos quais são eleitos – financiados – por
elas, é uma atividade não regulamentada, que trabalha na sombra do
direito e da democracia e que não aparece na mídia.
A própria população
não tem a percepção sobre a “microfísica da corrupção”,
que é aquela praticada no cotidiano pelo cidadão comum, quando se
recusa a seguir as regras e normas na sociedade, nas repartições
publicas, no trânsito, agindo como corruptores de funcionários e
guardas, no uso do ‘CPF’ (comissão por fora), no ‘molhar a
mão’, na ‘cervejinha’ e outros eufemismos para o velho ato de
corromper e ser corrompido.
Logo, as manifestações
são bem vindas, mas, não apenas como um “estilingue” para
atirar pedra nos telhados de vidros dos outros, como, tambem, para
cuidar do seu próprio telhado, que é onde tudo começa.
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