sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sarkozy e Merkel riem da Itália

Esta é a Itália e este é o governo, Berlusconi, que revoltados tentaram ridicularizar o Brasil e a Justiça brasileira quando negaram a extradição do Cesare Battisti, o que já tinha sido feito pela França e outros países e pelos mesmos motivos alegados, e sem tanta virulência e desrespeito nas reações do governo italiano.


O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a premiê alemã, Angela Merkel, ironizaram a Itália na entrevista coletiva após a cúpula da União Europeia, nesse domingo.

O incidente ocorreu quando Merkel foi questionada se estava confiante em que o premiê italiano, Silvio Berlusconi, realizaria as reformas econômicas que prometeu aos parceiros europeus.

À medida que a pergunta ia sendo traduzida, Sarkozy, que estava ao lado de Merkel, fazia caretas e sorria ironicamente.

Ao fim da pergunta, Sarkozy e Merkel se olharam e riram. Depois, ambos deram respostas protocolares, dizendo que a Itália tinha assumido compromissos e que eles acreditavam que o governo italiano os cumpriria.

Na Itália, o caso foi visto pela oposição como mais um sinal do desprestígio de Berlusconi, cujo governo está enfraquecido por uma série de escândalos e por divisōes na sua base de apoio.

No entanto, Pierferdinando Casini, um dos expoentes da oposição, afirmou que Sarkozy não tem o direito de ridicularizar a Itália.

Berlusconi minimizou o caso, dizendo que Sarkozy está incomodado com uma disputa envolvendo uma vaga no conselho do Banco Central Europeu. Agora que o banco passou a ser presidido pelo italiano Mario Draghi, a França quer a vaga ocupada pelo representante italiano no conselho, Lorenzo Bini-Smaghi, que, porém, se recusa a deixar o cargo. (Valor Econômico)

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