Esta é a Itália e este é o governo,
Berlusconi, que revoltados tentaram ridicularizar o Brasil e a
Justiça brasileira quando negaram a extradição do Cesare Battisti,
o que já tinha sido feito pela França e outros países e pelos
mesmos motivos alegados, e sem tanta virulência e desrespeito nas
reações do governo italiano.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a premiê
alemã, Angela Merkel, ironizaram a Itália na entrevista coletiva
após a cúpula da União Europeia, nesse domingo.
O incidente ocorreu
quando Merkel foi questionada se estava confiante em que o premiê
italiano, Silvio Berlusconi, realizaria as reformas econômicas que
prometeu aos parceiros europeus.
À medida que a
pergunta ia sendo traduzida, Sarkozy, que estava ao lado de Merkel,
fazia caretas e sorria ironicamente.
Ao fim da pergunta, Sarkozy e Merkel se olharam e
riram. Depois, ambos deram respostas protocolares, dizendo que a
Itália tinha assumido compromissos e que eles acreditavam que o
governo italiano os cumpriria.
Na Itália, o caso foi visto pela oposição como
mais um sinal do desprestígio de Berlusconi, cujo governo está
enfraquecido por uma série de escândalos e por divisōes na sua
base de apoio.
No entanto, Pierferdinando Casini, um dos
expoentes da oposição, afirmou que Sarkozy não tem o direito de
ridicularizar a Itália.
Berlusconi minimizou o caso, dizendo que Sarkozy
está incomodado com uma disputa envolvendo uma vaga no conselho do
Banco Central Europeu. Agora que o banco passou a ser presidido pelo
italiano Mario Draghi, a França quer a vaga ocupada pelo
representante italiano no conselho, Lorenzo Bini-Smaghi, que, porém,
se recusa a deixar o cargo. (Valor Econômico)
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