Lembro-me que há
alguns anos, em um artigo que escrevi (2007) como colaborador em um
site de tecnologia, eu fiz referência ao declínio da
competitividade dos EUA, tambem, no desenvolvimento tecnológico e a
perda de espaço e relevância para mercados emergentes como a China.
Embora tenha mantido, recebi do site a recomendação para que
reconsiderasse esta afirmação. Pelo visto, não estava errado. Nada
que pudesse parecer um exercício profético ou futurista, era mais
do que sintomas, eram fatos que o nosso preconceito ‘enviesado’
não nos deixava ver.
(…) Mas o que se discute muito menos é quais têm sido e serão as consequências mundiais deste declínio. Este tem, evidentemente, raízes econômicas. Mas a perda de um quase-monopólio do poder geopolítico, que os Estados Unidos já exerceram, tem as mais importantes consequências políticas em todo o lado.
(…) É certo que o maior impacto do declínio dos EUA é e continuará a ser sofrido nos próprios Estados Unidos. Políticos e jornalistas estão a falar abertamente da “desfuncionalidade” da situação política dos EUA. Mas o que mais poderia ser, além de desfuncional? O fato mais elementar é que os cidadãos dos EUA estão atordoados pela simples existência do declínio.
Não se trata apenas de os cidadãos dos EUA estarem sofrendo materialmente com o declínio, e terem um temor profundo de virem a sofrer ainda mais com o tempo. A questão é que acreditavam profundamente que os Estados Unidos são a “nação escolhida”, designada por Deus ou pela história para ser a nação modelo do mundo. Ainda estão a receber a garantia do presidente Obama de que os Estados Unidos são um país AAA.
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