quinta-feira, 21 de julho de 2011

Omissão da Globo estaria ligada à execução do Tim Lopes, afirma ex-jornalista da Globo

A Globo consegue faturar, inclusive, sobre a morte do Tim Lopes, em pseudo demostrações corporativas e/ou de solidariedade, quando surge agora uma versão dos fatos de parceira do jornalista executado por traficantes, quando afirma em livro as omissões da TV que teriam levado a execução do jornalista e que poderiam ter acontecido com ela própria, O livro será lançado nos EUA, para se esquivar de eventuais tentativas da empresa de impedi-lo.

A jornalista Cristina Guimarães, vencedora do Prêmio Esso em 2001 junto com Tim Lopes pela série ‘Feira das drogas’, afirmou que a Rede Globo, empregadora de ambos na época das reportagens, não ofereceu proteção a ela e ao colega, e que o repórter poderia estar vivo se a emissora tivesse dado atenção às ameaças recebidas. 

“Se dependesse da TV Globo, eu estaria morta”, disse. Tim Lopes foi morto por traficantes em junho de 2002 durante uma reportagem sobre bailes funk no Rio de Janeiro.

De volta ao Brasil após passar oito anos se escondendo de traficantes da Rocinha, que ameaçavam matá-la depois de reportagem veiculada no Jornal Nacional, ela conta em livro como a TV Globo lhe virou as costas na hora de oferecer segurança. “Os traficantes da Rocinha ofereciam R$ 20 mil pela minha cabeça. Pedi ajuda à TV Globo e fui ignorada.”

De acordo com Cristina, sete meses antes de Tim ser morto por traficantes do Complexo do Alemão, ela entrou com uma ação judicial de rescisão indireta, na qual reclamava da falta de segurança para jornalistas da emissora. As denúncias integram um livro escrito por ela e que deve ser lançado nos Estados Unidos no início do próximo ano. A obra, segundo a jornalista e publicitária, também deve virar filme.


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