terça-feira, 26 de julho de 2011

Atentado na Noruega. O ovo da serpente se gesta na União Europeia

Ao contrário do que muitos pensaram inicialmente, o atentado na Noruega não foi um ato isolado praticado por algum maluco ou fanático religioso ou coisa do gênero, é apenas a ponta de um iceberg que se oculta sob águas nebulosas da democracia europeia, turbinado por tempos econômicos muito difíceis de grande retração e desemprego.

O atentado na Noruega feito por um nativo, do próprio país, retoma uma prática que começou no atentado em Oklahoma City (1995), nos EUA, quando um cidadão daquele país provocou uma explosão em um predio que vitimou 168 pessoas alegando insatisfação e revolta contra atos do Estado e questões de segurança do pais.

O norueguês, autor dos atentados em Oslo e que provocou a morte de 96, alega em um manifesto, preocupações com a preservação de uma hipotética “pureza racial”, ameaçada por imigrantes que poderiam provocar no médio longo prazo, uma miscigenação racial. 

Com o atentado, ele “detona” o conceito de “paraíso norueguês”, ícone de bem estar social e felicidade, pois, embora tenha atuado sozinho, ele faria parte de um forum na internet de inspiração xenofóbica e antimuçulmana, sobretudo, que não se limita à Noruega.

Como exemplo ele cita o Brasil que, segundo ele, teria feito uma miscigenação racial com europeus, asiáticos e africanos, após uma “revolução maxista”, como pode conferir abaixo. 
"Nos próximos 70 anos, os conservadores precisam tomar o poder político e militar numa combinação de luta armada e democrática… A alternativa será um modelo de contínua bastardização, muito parecido com o modelo brasileiro: onde, graças a uma revolução marxista, se criou uma mistura de raças da Europa, Ásia e África". (The Unwanted Blog) 
Como vê, além do delírio, falta mais informações sobre o Brasil.

Quanto a “invasão” dos países europeus por africanos e asiáticos, sobretudo, é uma consequência natural da invasão, colonização e expoliação dessas regiões por potências européias, durante décadas, processo este que levou, e ainda leva, ao saque de muitos países, além da destruição de fronteiras e do equilibrio político que gera conflitos e guerras intermináveis, dificultando o desenvolvimento de muitos países, levando à miséria, a fome e a falta de oportunidades. 

Logo, é um “karma”, para usar uma expresão usual, que não querem pagar ou “resgatar”.

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