Ao contrário do que
muitos pensaram inicialmente, o atentado na Noruega não foi um ato
isolado praticado por algum maluco ou fanático religioso ou coisa do
gênero, é apenas a ponta de um iceberg que se oculta sob águas
nebulosas da democracia europeia, turbinado por tempos econômicos
muito difíceis de grande retração e desemprego.
O atentado na Noruega feito por um nativo, do próprio país, retoma uma prática que começou no atentado em Oklahoma City (1995), nos EUA, quando um cidadão daquele país provocou uma explosão em um predio que vitimou 168 pessoas alegando insatisfação e revolta contra atos do Estado e questões de segurança do pais.
O norueguês, autor dos
atentados em Oslo e que provocou a morte de 96, alega em um
manifesto, preocupações com a preservação de uma hipotética
“pureza racial”, ameaçada por imigrantes que poderiam
provocar no médio longo prazo, uma miscigenação racial.
Com o atentado, ele
“detona” o conceito de “paraíso norueguês”, ícone
de bem estar social e felicidade, pois, embora tenha atuado sozinho,
ele faria parte de um forum na internet de inspiração xenofóbica
e antimuçulmana, sobretudo, que não se limita à Noruega.
Como exemplo ele cita o
Brasil que, segundo ele, teria feito uma miscigenação racial
com europeus, asiáticos e africanos, após uma “revolução
maxista”, como pode conferir abaixo.
"Nos próximos 70 anos, os conservadores precisam tomar o poder político e militar numa combinação de luta armada e democrática… A alternativa será um modelo de contínua bastardização, muito parecido com o modelo brasileiro: onde, graças a uma revolução marxista, se criou uma mistura de raças da Europa, Ásia e África". (The Unwanted Blog)
Como vê, além do
delírio, falta mais informações sobre o Brasil.
Quanto a “invasão”
dos países europeus por africanos e asiáticos, sobretudo, é uma
consequência natural da invasão, colonização e expoliação
dessas regiões por potências européias, durante décadas,
processo este que levou, e ainda leva, ao saque de muitos países,
além da destruição de fronteiras e do equilibrio político que
gera conflitos e guerras intermináveis, dificultando o
desenvolvimento de muitos países, levando à miséria, a fome e a
falta de oportunidades.
Logo, é um “karma”,
para usar uma expresão usual, que não querem pagar ou “resgatar”.
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