quarta-feira, 27 de julho de 2011

Saque e tráfico de arte, a conexão entre colecionadores e o “terrorismo”

Uma prática pouco divulgada mais comum ao longo da história é o saque de obras de arte e de bens culturais feitos pelos países invasores.

Não é à toa que os maiores museus com acervos sobre a história do homem e das civilizações antigas se encontram na Inglaterra e França, sobretudo, além de, mais recentemente, nos EUA.

São resultados de saques de tesouros arqueológicos das antigas civilizações do Oriente e da África, bem como das antigas civilizações da América Latina.

O caso mais recente foi o saque dos museus do Iraque – antiga civilização da Babilônia – detentores de peças valiosas e únicas, que logo após a invasão pelos EUA e países da União Europeia, surgiram nos grandes leilões em Nova Iorque e no notório Christie em Londres, abastecendo as coleções particulares e os grandes museus destes países.
Leia: História roubada. O saque de tesouros arqueológicos
Outra prática, também patrocinada por colecionadores, museus e casas de leilões nos EUA e União Europeia é o saque de tesouros dos países envolvidos nas guerras, paradoxalmente criadas e/ou patrocinadas por estes mesmos países, feitos por grupos de resistência e de organizações guerrilheiras e/ou “terroristas” como forma de financiarem seus movimentos.

Os valores envolvidos neste tráfico de arte ao redor do mundo representa um faturamento que só fica atrás do tráfico de armas e tráfico de drogas.

Há já algum tempo, um movimento destes países roubados ou saqueados no passado, reivindica a devolução destas riquezas arqueológicas e bens culturais aos museus europeus, o que esvaziaria e tonariam irrelevantes os grandes museus europeus – Inglaterra e França – caso venham a devolver o resultado de suas pilhagens, o que se negam categoricamente.

Fonte: Écrans (Libération).

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