quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Porque as velhas ditaduras aliadas dos EUA estão caindo

A mídia impressa e televisiva, em grande parte, sempre foi a linha de frente de todo e qualquer processo de enganação e manipulação de fatos, servindo aos interesses políticos e/ou econômicos hegemônicos locais e internacionais, criando um simulacro de informação e verdade, construindo um mundo irreal para o cidadão leitor ou telespectador, como mostra, agora, o caso das “novas” velhas ditaduras que parecem ter surgido do nada.

Barack Obama e o ditador deposto Hosni Mubarak

A mídia grande local e internacional se viu obrigada, pela força dos fatos, a fazer existir ou tornar real uma ditadura que já durava 30 anos como a do Egito, bem como muitas outras no Oriente Médio e Norte da África, igualmente longevas, como os 42 anos do Muamar Kadafi, na Líbia, grande aliado da União Européia, a quem sustenta, literalmente, com o seu rico petróleo.

O que se vê nas conversas entre as pessoas em todo lugar, é o tamanho da perplexidade diante de algo que parece ter surgido do nada.

O fato é que a única “ditadura” conhecida e execrada pela mídia é a do Irã. A mídia escondeu estas ditaduras todo este tempo, como uma das mais ferozes, a da Arábia Saudita, aliada preferencial do s EUA, que inclusive mantém divisões de suas forças armadas sediadas naquele país para garantir o sistema ditatorial e os seus interesses no maior produtor de petróleo do mundo.

O Irã é o alvo preferencial da mídia e do Ocidente – leia-se União Européia e EUA – porque como um dos maiores detentores de reservas de petróleo e gás do mundo, não aceita tutela e gere as suas riquezas por critérios próprios, e rejeita a hegemonia ocidental no esquema de submissão em que vivem os maiores produtores de petróleo da região. 

Leia:A internet e as manifestações no Egito e região 

A ditadura no Egito, deposta pela pressão popular, é uma velha aliada dos EUA, em seu esquema de submissão da região, proteção do Estado de Israel e de interesses de seu aliados europeus, e que recebe mais de 1 bilhão de dólares em ajuda militar por ano, enquanto sempre fez vista grossa aos métodos de sujeição e opressão da população.

Agora, o Obama se finge de morto e faz declarações “democráticas” na mídia submissa, tentando ficar bem na foto com a população, para facilitar a montagem de um novo esquema que mantenha os seus interesses de sempre.

O fato novo é a internet e suas redes sociais, possibilitando a informação e a mobilização, que está levando a esta onda de revoltas contra ditaduras até então estáveis da região, mantidas, sobretudo pelo apoio dos EUA e União Européia, e que vem furando o esquema de ocultação, falsidade e mentira ou manipulação dos fatos e notícias,  montado pela grande média aliada, que pinta um mundo irreal para o leitor desavisado e para "o da poltrona".

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