quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Senador Pedro Simon está passando necessidades

Enquanto segue acalorada a discussão sobre um salário mínimo de 550 reais ou de 560 reais, o senador pelo Rio Grande do Sul, do PMDB, Pedro Simon – político profissional do longa data – justifica a sua insistência em manter os 24,1 mil reais por mês da pensão como ex-governador (4 anos) que acumulado com os seus míseros 26,7 mil reais de salário de senador se saiu com essa, coitado: “Eu não conseguia mais manter a minha casa”. Dúvida? Confira a entrevista que ele concedeu ao jornal Zero Hora, de Porto Alegre.

Tem ainda o caso do ex-senador do PSDB do Paraná, Álvaro Dias, que requereu retroativamente todos os salários que teria direito como ex-governador, e como o caso se tornou publico ele começou a dizer que iria fazer uma doação a uma instituição de caridade. Deve ser o seu medo de “passar necessidades”, depois que o voto popular retirou o seu tão suado ganha-pão de senador.

Esta questão só vem alimentar a polêmica que se instalou, com a decisão da OAB de questionar na justiça a legalidade, senão legitimidade, desta lei, literalmente, absurda, que concede o privilegio, mesmo a um eventual sucessor que só tenha ocupado o cargo por alguns dias na ausência do titular, sem falar em um “direito” que concede uma aposentadoria nababesca por um trabalho de 4 anos, quando um trabalhador comum recebe a sua, nada nababesca, depois de 30 anos de trabalho.

Um agravante no caso do senador Simon, com uma imagem politica tão bem construída pela mídia, é que no Rio Grande do Sul, o duplo “provento” é ilegal, já que lei gaucha que regula o tema, veda o acumulo de pensão especial com outro salario publico, no caso o contracheque do Senado, o que parece estar sendo solenemente ignorado pelo ilustre senador.

Sobre a dificuldade de sobrevivência do politico com o seu mísero salario de senador, e bom lembrar que em grande parte dos países desenvolvidos, a relação do salário base – salario mínimo no nosso caso – é de 1 x 4 com aquele de um parlamentar, enquanto no nosso caso é de 1 x 40+. Considerando-se o recente autoajuste patrocinado pelos parlamentares.

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