Pesquisa do instituto de pesquisa Sensus feita por encomenda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 1 mês depois do primeiro turno das eleições, mostra um quadro preocupante que é a forma – como poderia dizer? - inconsequênte como o eleitor escolhe os parlamentares, quando ao lado da pouca informação sobre o pepel dos parlamentares, 23% deles não se lembram mais em quem votaram. Um fato novo é a influência da internet como fonte de informação, com 9,9%, passando a mídia impressa com 6,4%.
Embora os números não signifiquem, à rigor, uma novidade, ajudam a explicar o pouco caso com que muitos parlamentares tratam a opinião publica com o uso que fazem do seu mandato usando e abusando como bem querem das prerrogativas do mandato que foi-lhe atribuído pelo voto popular, pois sabem que poderão voltar depois e enganar novamente o eleitor.
Um cada cinco eleitores não se lembra em quem votou para parlamentar – deputado estadual, federal e senador – nas últimas eleições, 89,7% disseram se lembrar de quem votou para presidente e 80,6% para governador. Aliado a isto, 40% destes leitores não sabem exatamente, qual o papel exercido por seus representantes no Legislativo.
Outro dado aferido pela pesquisa foi a confiança que teem em relação às instituições. 51,9% disseram não confiar nas Assembleias Legislativas e 56,3% na Câmara dos Deputados, embora 58,6 % disseram confiar na Presidência da República e 52,6% no Governo Estadual. O TSE e os tribunais regionais eleitorais, contam com a confiança de 69,8%. Entretanto, apesar dessa desconfiança, o eleitor se declarou muito motivado e/ou animado para votar nas eleições – no caso 2º turno – com 52,3% dos entrevistados, enquanto 42,6% declararam não ter tanto interesse assim no processo eleitoral.
Para 44,2% dos entrevistados o seu voto no 2º turno já estava definido desde o 1º, logo, a maioria não tinha uma opção definida em quem votar. Segundo os entrevistados, a internet e a leitura de jornais e revistas pouco influenciaram na escolha do seu voto com 1.7%. Os programas do horário eleitoral ajudaram 6.2% a se definirem, e os debates foram citados por 18,8%. Neste cenário – que, tambem, não chega a ser uma surpresa – a televisão com 56,6% dos entrevistados continua sendo a principal fonte de informações para os eleitores sobre política e eleições. A conversa com os amigos e familiares foi citada por 18,4%, a internet por 9,9% e a mídia impressa por 6,4%.
Como vê, muito ainda precisa ser feito quanto a informação e/ou esclarecimento do eleitor sobre o processo politico, pois, embora a pesquisa não tenha divulgado nível social ou de escolaridade, a diferença não deve ser muito significativa entre os diversos seguimentos, haja vista que a escola não tem qualquer disciplina que trate sobre estes temas.
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