Os EUA, algoz da crise que se abateu sobre o mundo com o seu sistema financeiro predador, vê, hoje, que o “tiro saiu pela culatra” e junta os próprios cacos, enquanto continua mostrando os dentes, tentando nos fazer acreditar que tudo continua como antes.
Em que pese a aparência ou os sinais externos de vitalidade e poder, os EUA continuam mergulhados em uma crise radical, da qual quando vier a sair, será um espectro do que já foi, e com um longo caminho de recuperação que, entretanto, não vai mais trazer-lhe nem o poder nem a glória perdidas.
Sinais externos deste antigo poder são o esforço bélico militar que não só mantem, como ampliou – com a guerra no Afeganistão – “esforço de guerra” este em decorrência da necessidades de, ao mesmo tempo em que luta por espaço vital no comando de uma política externa no controle de uma política externa de domínio e poder que lhe escapa pelos dedos, por outro lado mantem aquecida a industria bélica no país, que é um dos pés do tripé que ainda mantem o pais respirando.
Logo, o Prêmio Nobel da Paz para o Obama não foi um equivoco, como pareceu à primeira vista, mas, um trato oportuno na imagem do verdadeiro “Senhor da Guerra”, que a mídia interna e internacional pintou como um “messias” para salvar o mundo, quando na realidade já estava claro que a sua missão era salvar os EUA, a qualquer custo, e as guerras, manter e aumentar, fazem parte da solução.
Noticias divulgadas recentemente mostram estudos feitos pelo governo nos EUA, segundo os quais existem, hoje, 43,4 milhões – 16% da população – de pessoas passando fome no país, segundo o Wall Street Jounal. É, também achei inacreditável. Se associarmos a isso a situação da saúde pública que o próprio Obama lutou, mesmo, para mudar, e tornou-se uma “Vitoria de Pirro” – ganhou e não levou – pois, foi vencido pelos interesses corporativos das seguradoras de saúde que pouco se importam com as 50 mil pessoas que morrem todos os anos por falta de assistência medica, dados estes do American Journal Health (EUA), 09/09/2009, quando o número pode ser bem maior, hoje.
É difícil de acreditar que estejamos realmente falando dos EUA, não é verdade? Mas, é a realidade que os nosso meios de comunicação sabem e insistem em esconder, já que não sabem como fazer com a “pregação” costumeira sobre o paradigma essencial da metrópole, que nós, aqui no Brasil, deveríamos fazer reverencia e seguir.
O “Rei está nu”, mas, a “nossa” mídia continua nos falando sobre suas vestes ricas e suntuosas, para que não percebamos que o nosso modelo de país, nós já temos: somos nós mesmos.
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