Dois fatos emblemáticos mostram a “mentalidade” da política externa do Brasil no governo FHC/PSDB e no governo Lula/PT. Estes episódios demonstram como o Brasil chega à maioridade no governo Lula, e se afirma diante do mundo como uma país soberano, de fato, e protagonista real no cenário internacional.
O Ministro das Relações Exteriores no governo FHC, Celso Lafer, quando em visita aos EUA, aceitou tirar os sapatos diante de policiais no aeroporto para ser investigado, pagando o maior mico, não só na hora, mas, sobretudo, com a repercussão na mídia fora do país, já que, internamente, a mídia local “associada” ao governo minimizou o episódio.
A revista alemã Der Spieguel, em matéria sobre a independência da política externa do Brasil no governo Lula, conta um episódio interessante e que ilustra muito bem o diferencial da política “complexo de vira-latas” no governo FHC e o governo atual, de afirmação de autonomia e soberania diante dos “donos do mundo”, sobretudo da metrópole preferida da “elite” local.
Segundo a revista, em 2003, por ocasião da estreia internacional do Lula na cúpula do G8, em Eran, na França, todos os presidentes e representantes do 7 países mais ricos do planeta à época estavam sentados no salão do hotel à espera do George W. Bush. Ao chegar o presidente dos EUA, os demais se levantaram – menos o Lula. Para o presidente brasileiro o gesto não fazia sentido: antes ninguém se levantara à chegada dos outros.
Como vê, não é por menos que esta mídia local investe contra a política externa do governo Lula, saudosos que estão da submissão e subserviência que sempre caracterizou os governos anteriores e, tambem, em função disso investiram todas as ficha no Serra/PSDB, pois sabiam que ele iria voltar ao ritual de “beija-mão” do governo dos EUA.
O Serra disse com todas as letras que iria acabar como o Mercosul e Unasul, que são esforços conjuntos dos países da América dos Sul de se situarem no mundo como países livres e soberanos, longe da tutela nefasta e colonialista dos EUA. A vitória da Dilma nos livrou do retrocesso da submissão e do vexame.
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