sexta-feira, 7 de maio de 2010

Questão nuclear. Conflito, uma possibilidade radical e a hipocrisia dos EUA



A questão nuclear na forma como é colocada pela mídia, ratifica a defesa da hegemonia de uns poucos países não só sobre a tenologia nuclear, como o hipotético poder de dissuasão e destruição que lhes confere os arsenais que, se usados, provavelmente reduziriam o planeta a um mero amontoado de pequenos asterróides e poeira vagando pelo espaço.

As pressões sobre o Irã, tratado como um vilão pela mídia conivente e parcial, já que é um desafeto dos EUA expulso de lá com a Revolução dos Aiatolás depois de décadas de domínio e exploração, é um jogo de cena para acobertar os reais interesses econômicos e geopolíticos, enqunto posam de defensores da paz, da vida e do planeta, como pode ler no artigo: Questão nuclear iraniana. O significado real da polêmica.

Noam Chomisky, linguista, filósofo e ativista político norte-americano, em entrevista ao New York Times, deixa claro esta postura hipócrita dos EUA, que enquanto aparenta pregar o desarmamento nuclear - tem, conforme declaração do Departamento de Defesa, 5.133 ogivas ativas e milhares de outras “desativadas”, algo em torno de 31 mil - como o acordo que fez recentemente com a Russia para redução do arsenal de ambos em algumas dessas milhares de ogivas que teem, tem como objetivo criar um “argumento” que facilite o convencimento internacional para a aplicação de sanções econômicas ao Irã, que pode penalizar a população do país, como fez com o Iraque, em uma grande mentira como todos sabem hoje, e que culminou, como devia estar previsto, com a invasão e destruição do país e a posse de suas riquezas em petroleo e gás, “divididos” entre os parceiros da invasão.

É o que pode acontecer com o Irã e, só não aconteceu ainda, porque o Barack Obama ainda tenta manter a imagem de antítese do Bush e busca um consenso – diferente, mas, igualmente mentiroso – para fazer o mesmo que o seu antecessor, ou seja, eliminar a concorrencia dissidente, garantir a hegemonia israelense na região e, se apossar das imensas reservas de petroleo e gás do Irã, que é um dos maiores produtores mundiais, resgatando a situação pré-revolução iraniana que devolveu o país para o seu proprio povo. Mas, conforme declaração do proprio Departamento de Defesa, os EUA já estão prontos para o ataque, caso as pressões não funcionem.[Reuters 03/05/2010]

As ditas preocupações, se reais, fariam com que os EUA, União Européia e comunidade internacional, pressionassem o Estado de Israel, para eliminar o seu arsenal nuclear - mais de 200 ogivas, conhecidas – pois, assim ganhariam autoridade para pressionar o Irã como veem fazendo.

O arsenal israelense desequilibra radicalmente o equilíbrio de forças, "necessário à paz", na região, o que explica o interesse, e necessidade, do Irã em desenvolver seu programa nuclear pacífico, como afirma, mas, com potencial no médio longo prazo para fabricar a bomba, como fizeram o proprio Estado de Israel, o Paquistão e a Índia, não só com a conivência dos EUA e comunidade internacional, mas, com o apoio explícito dos EUA.

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