quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Reação do Brasil e da América Latina contra o golpe militar em Honduras

A América Latina tem um histórico de instabilidade política e institucional com rupturas do processo democrático, em função de interesses de setores dominantes locais “misturados” com interesses de grupos econômicos, que formam o pano de fundo das intervenções dos EUA, que sempre considerou esses “canto do mundo” como um quintal, ou algo particular.

Recentemente a afirmação dos processos democráticos na região inaugurou uma nova fase – que se pretende permanente - com governos mais comprometidos com os interesses do povo e do país.

Leia:"Bases militares na Colômbia e Paraguai. A política de boa vizinhança do “simpático” Obama

O golpe militar em Honduras, com a deposição de um governo constitucional, representa, na realidade, os últimos estertores de interesses internos e externos que se recusam a largar seus privilégios. Em que pese as afirmações do B. Obama, em restaurar ou resgatar a influência de seu país na região, perdida – segundo ele - no período do governo de seu antecessor, G. Bush, como você lê no artigo:”Obama, as eleições norte-americanas e nossos interesses latino-americanos".

O episódio que se desenrola, agora, com o retorno ao país – Honduras – do presidente eleito Manuel Zelaya com o “apoio” do governo brasileiro e da comunidade de países latino-americanos, ocorre em um momento oportuno, quando da reunião anual da Assembleia Geral da ONU, o que dá mais visibilidade e arregimenta apoio internacional pelo retorno imediato do presidente constitucional e a volta à normalidade institucional em Honduras.

Leia:”Líderes de AL exigen en ONU la restitución de Manuel Zelaya en la presidencia de Honduras”, artigo do jornal mexicano La Jornada, sobre a reação dos países de região.

Como o primeiro líder a falar na abertura da assembleia – tradicionalmente, o brasileiro – o presidente Lula reiterou o seu apoio à volta da normalidade institucional em Honduras e instou a comunidade internacional a cerrar fileiras pelo combate a este tipo de pratica em qualquer país e a salvaguarda das convenções internacionais, como a Convenção de Genebra, que garante imunidade às Missões Diplomáticas, em face a ameaça à Embaixada do Brasil, pelo presidente golpista de Honduras.

Essa reação latino-americana, é um sinal claro e uma advertência, de que o povo não está mais disposto a reviver os velhos tempos de ditaduras e opressão.

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