Modelos negras em desfiles de moda chegam a ganhar 60% a menos do que as modelos brancas, isso quando ganham, pois, conforme relatos de profissionais da área muitas – menos conhecidas – não recebem nada, só a oportunidade e a “visibilidade”, e pelo visto ninguém se incomoda.
Ainda não se viu movimentos ou entidades feministas se indignarem, como reiteradamente fazem quando a diferença – ou a discriminação – é entre homens e mulheres. Como o movimento feminista, em sua origem, era voltado ao combate aos “privilégios masculinos”, pelo visto, a prática não mudou muito, mesmo diante do óbvio ou fatos como estes.
Apesar de uma remuneração desse nível, as modelos negras ainda são em número insignificante, apenas 3%, no São Paulo Fashion Week (SPFW), provavelmente pelas próprias restrições do mercado.
Em função disso, o Ministério Público Estadual (SP) fez um acordo com a organização do Fashion Week, que se comprometeu a contratar 10% de modelos afro-descendentes e indígenas para os desfiles. Isso, sob veementes protestos dos profissionais do “mundo fashion”. No debate inevitável que rolou entre os profissionais da área, na troca de acusações, os estilistas e publicitários foram identificados como os reais responsáveis pela discriminação.
Fonte: Folha de São Paulo.
E você o que acha dessa nova cota racial?
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