É possível que haja alguém que goste ou ache esteticamente belas, as pichações que “decoram” as ruas e praças por onde passa. Independente dos “achismos”, elas se alastram por todas as grandes e médias cidades do país e, com certeza, os proprietários dos imóveis usados como suporte para essa “arte”, não devem estar entre os maiores entusiastas do gênero. Não. Não é um fenômeno novo e muito menos invenção nacional.
Sua origem remonta ao período 1969-1970, em Los Angeles (EUA), quando tomou as ruas como demarcação na disputa de território por gangues do tráfico de droga. A partir daí, 1970-1980, com o surgimento do computador, ocorreu a digitalização dos caracteres e sua disseminação pelo mundo. Hoje, o Brasil é referencia internacional e as nossas “criações” já fazem parte da pauta de exportações do país.
Mas, o que move ou motiva esses “interventores ocultos” do espaço urbano?
O crescimento rápido das cidades trás componentes ou adereços graves de alienação, “despersonalização” e marginalização, etimologicamente falando, de grandes segmentos da população, e a transgressão – através das pichações – seria uma forma de se fazer notar, de marcar a sua presença, de individuação mesmo. Seria, também, uma ruptura com os órgãos e instancias públicas e administrativas cuja relação convencional seria intermediada pelo voto, já que não se sentem nem representados e nem parte efetiva dessa cidade construída à sua revelia.
A intervenção que fazem pela cidade é claramente agressiva e parece conter um propósito de destruição, pelo menos metaforicamente. Como então restabelecer a ponte – se é que tenha existido – com estes segmentos? Iniciativas nesse sentido, como a repressão ou a liberação de espaço público delimitado, serviu ao “grafite” que acabou se institucionalizando como arte e, no final, não deram qualquer resultado.
E você, o que acha que deve ser feito? É difícil ficar alheio a isso, não acha? Faça um comentário e dê a sua opinião.
Em relação ao Grafite, eu ainda fico com aquela cena do Monty Python, em " A Vida de Brian", quando o centurião ensina o pichador a escrever corretamente o latim.
ResponderExcluirAbraços.
É, ultimamente o conceito de arte anda meio fluídico e, no mínimo, controvertido.
ResponderExcluirPichação é sujeira!
ResponderExcluirpichador bom é pichador morto
ResponderExcluirpra mim é coisa de vagabundo q gosta de por a vida dos outros e a própria em risco
ResponderExcluirÉ, pichação, como disse, não dá para passar ileso por elas. Há quem defenda... mas, é uma “causa” pouco defensável.
ResponderExcluirComo diz meu pai em sua sabedoria de galpão, esses pichadores deveriam ser obrigados a pichar o próprio rabo e depois tirar a tinta com caco de vidro e querosene.
ResponderExcluirNa realidade, acho isso uma sacanagem. É, para mim, o resumo de uma parcela da população que é medíocre! Não tem respeito nenhum por nada! E, por incrível que pareça, são geralmente indivíduos de classe média ou media alta! E se isso continua existindo no Brasil, com certeza é em função das políticas extremamente brandas de punição!
Olá Marcio!
ResponderExcluirO episódio recente das pichações no Cristo Redentor, no Rio, quando os pichadores foram condenados e obrigados a limparem pichações pela cidade, talvez, sirva de exemplo e começe a inibir a prática.