Um ícone que é a própria antítese do capitalismo, mais precisamente do neoliberalismo, vem dando as caras, ou melhor, as cartas, e dominando o cenário nas tentativas de recuperação do sistema em crise. É a estatização.
O palavrão é tão grande que, no princípio, tanto os governos – EUA e UE – e a própria mídia conservadora criaram um eufemismo – nacionalização – para disfarçar e/ou enganar a opinião pública.
Tudo isso para não atestar a fraude e a falência das teorias do poder do mercado como mecanismo de regulação e remédio para todos os males econômicos.
A mentira ou a hipocrisia no trato com o vocábulo – estatização – reflete a intenção, que já ocorreu em outras crises menos sérias, de parecer mudar para ficar tudo como esta.
Mas, com a estatização do sistema financeiro nos EUA e em, praticamente, todas as maiores economias européias, o sistema se rende ao poder e importância do Estado para gerir ou colocar regras e limites ao “laissez faire”, que vem sendo a tônica no mundo há um bom tempo, notadamente a partir da hegemonia do liberalismo econômico.
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