Em relatório em 2007, comentado neste Blog, que você pode conferrir aqui, a ONU constatou, aparentemente surpresa, que a globalização levou a uma maior concentração da renda/riqueza e, a um acentuado aumento da fome, da pobreza e miséria no mundo.
Os resultados, ou estes resultados, foram e são mais flagrantes nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento - o que era de se esperar - mas, o surpreendente para eles próprios, promotores aguerridos e agressivos do ideário globalizante, é o empobrecimento ou o acentuado aumento da pobreza e miséria nos países centrais do sistema, ou os países desenvolvidos.
A miséria, mesmo, tem aumentado tanto nos EUA que, tomando Nova York como referencia, onde as entidades beneficentes que, historicamente distribuem alimentos e sopas na cidade, vem se queixando que não estão conseguindo atender a demanda crescente.
A Alemanha teve ( e esta tendo) um encolhimento acentuado de sua classe média e a pobreza já atinge 30% (2008) dos seus habitantes, conforme o seu periódico Der Spieguel.
Vê-se que o tiro saiu pela culatra. O hábito de adotar e impor ao mundo, políticas que promovem uma drenagem de recursos, riquezas e renda do resto do mundo para suas economias vitalizadas e lustrosas, não deu certo, com a exacerbação da globalização.
Os EUA já se sentem a principal vítima do sistema que patrocinou e impôs ao mundo. A constatação é tão evidente, que se tornou um ponto forte no debate eleitoral deste ano, onde os Democratas principalmente a Hilary Clinton, afirma categoricamente, como já analisado aqui no Blog, que se eleita, vai retirar o país da Rodada de Doha, dar um “tiro” na globalização, e criar uma “Muralha Protecionista” em torno dos EUA.
Criaram o veneno e não gostaram nada de ter que consumi-lo eles próprios.
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