domingo, 20 de abril de 2008

Família nuclear e a despopulação



A família moderna – tipo nuclear – surgiu como um imperativo do modo de produção e das cada vez mais crescentes “necessidades” de consumo, que incorporou de vez a mulher ao mercado de trabalho.

Tudo isso, aliado ao discurso feminista, importante e necessário, embora tenha trazido e traga os equívocos e contradições inerentes a qualquer processo revolucionário, deram cores mais fortes a “diáspora feminina”, da sua função /papel histórico de dona de casa.

A família que se viu e que se vê, principalmente nos países de economia mais dinâmica é um resultado direto de tudo isso. O casal de um filho ou nenhum filho, prato cheio para as conveniências do neoliberalismo é, deverá ser, tambem, a causa de sua própria danação.

A reprodução da mão-de-obra para mover a economia e a sustentação do sistema previdenciário, já está com uma crise – grave – há muito tempo anunciada. O índice mínimo de natalidade para manter o nível de reposição de mão-de-obra e garantir a vida do país é de aproximadamente, 2,2 crianças por casal.

Os países ditos desenvolvidos já vêm convivendo, não com o fantasma, mas com o ‘monstro’ da ‘despopulação’, e têm lutado numa guerra surda e muda para reverter o quadro. Mas, as intenções e as novas políticas de estimulo a natalidade esbarram nos novos casais acostumados com a autonomia pessoal sem filhos, que não estão nem ai para a problemática econômico-demográfica.

O Brasil já esta na fase critica, e é só uma questão de tempo já que nada vem sendo feito para mudar ou reverter o quadro que está feito. O Japão, por exemplo, com 145 milhões de habitantes em grande parte idosos e aposentados, tem previsões “cientificas” de redução para 100 milhões de habitantes em 2040 (que parece longe), com as conseqüências previsíveis para a sua, hoje, 2ª maior economia do mundo.

Não há como manter um sistema previdenciário milionário, um padrão de vida invejável e, a época, com certeza, a impossibilidade de importar mão-de-obra imigrante, que paradoxalmente – não só ele – ainda rejeita e discrimina.

Diante desse quadro, é incompreensível a “campanha internacional” contra a vida, na luta aberta pelo aborto total e irrestrito, além de outras formas de cerceamento desse direito sagrado.

Como diria o profeta: "... parece até coisa do 'rabudo”.

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