Pelo visto, como comentamos aqui antes, os donos ou detentores do poder político e econômico no mundo não estão nem aí - efetivamente - para o relatório do IPCC sobre mudanças climáticas ou aquecimento global. Alguns como o Bush, disseram que não confiam nas conclusões do relatório e que não acreditam que sejam reais.
O Financial Times (19/02/2007) em artigo sobre petróleo e energia, diz que as grandes multinacionais do petróleo estão preocupadas com a prevista escassez do produto nas próximas décadas, mas, não cita nem "an passant", o tal relatório. Afirma ainda que elas estão investindo pesadamente em fontes de óleo crú - até então inviáveis economicamente - como o xisto, o petróleo pesado, o alcatrão e as areias betuminosas.
O detalhe, é que para extrair um óleo utilizável dessas fontes, implica na utilização em grande escala de energia convencional - e pasmem! - de muita água potável. As previsões sobre a escassez de água no planeta - que já é um problema grave em boa parte do mundo para mais de 1 bilhão de pessoas - são mais do que catastróficas.
A se confirmarem as previsões sobe o aquecimento global, será algo em torno de 3,0 bilhões de pessoas, mesmo em países desenvolvidos, que ficarão sem água, segundo as previsões mais pessimistas, ou seja, quase metade da população mundial hoje, o que mostra com estes projetos, o pouco caso e a irracionalidade das empresas petroleiras.
Se historicamente já tivemos guerras pela disputa da terra, pelo petróleo – ainda hoje – as guerras pela água talvez fechem o círculo de uma vez das guerras.
Usar água potável para produzir petróleo, como diz o artigo do Financial Times, será como transformar ouro em chumbo.
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