Como pode ver, a mídia internacional majoritariamente
lamenta a grande catástrofe que se abateu sobre o Brasil com a ascensão da
direita mais reacionária. No texto abaixo vai conferir o que ‘acharam’ os grandes
jornais nos EUA, e nesse link aqui, a mídia europeia.
Como pode ver nesse
trecho:
“Essa é uma mudança realmente radical”, disse ao
jornal o professor Scott Mainwaring, da Universidade Harvard, tido como especialista
em Brasil. “Não consigo pensar em um líder mais extremista na história das
eleições democráticas na América Latina, que foi eleito.”.
É relevante salientar a
opinião da mídia nos EUA, pois o país é o grande modelo do Bolsonaro e de
muitos brasileiros, com certeza dos bolsonaristas, como referência de tudo o
que é bom e daquilo que deve ser seguido, como se por lá as coisas fossem inteiramente
pró-golpe: temer -> eleição do Bolsonaro.
Para ter uma ideia de
como a Globo continua a mesma, falaciosa
e antinacional, que esteve desde sempre ‘fechada’ com opções a direita, como a ditadura de 64 e agora o Golpe/Bolsonaro,
ela pinçou alguma coisa, caso não tenha simplesmente forjado ou mentido, para anunciar
jornais tipo o ícone da mídia norte-americana o The New York Times, ‘falando bem do tinhoso’, quando no texto abaixo, vai conferir exatamente o contrário.
Embora seja ‘por demais
redundante’, como se diz, afirmar o óbvio, e lamentável, é que a Globo,
com seus JN’s da vida continua sendo a grande referência informacional e dona
dos corações e mentes de grande parte da população brasileira. E por mais de uma
vez ocultou fatos que se tornaram manchetes até na mídia internacional, sobre o
caso, ainda sub judice, do “troteio”
(bem ao estilo do bozó) de fake news anti-pt
no WhatsApp.
Transformando assim, esta
notícia veiculada pela Folha de São Paulo, em verdadeira fake news na cabeça e no imaginário, dos bolsonaristas, já que a
Globo é sua principal referência.
“Mídia
internacional destaca guinada do Brasil para a extrema direita
Nos EUA, a mídia que
defende Trump consistentemente aprova a eleição de Jair Bolsonaro para a
Presidência do Brasil. A mídia que critica Trump todos os dias lamenta o
resultado das eleições. Aos eleitores de Bolsonaro, que quiserem ler notícias
favoráveis ao presidente eleito, devem visitar os sites da Fox News, The
Wall Street Journal e Washington Examiner — todos
alinhados com Trump e, agora, com Bolsonaro.
A emissora de TV Fox
News, por exemplo, celebra a vitória de Bolsonaro, um “campeão dos valores
tradicionais brasileiros”. O The Wall Street Journal aposta que
Bolsonaro vai estabelecer uma “nova era de ordem e progresso”. O Washington
Examiner declara que Bolsonaro será melhor para o Brasil do que Fernando
Haddad seria.
Mas praticamente toda a
mídia dos EUA destaca que o Brasil vai dar uma guinada para a extrema direita,
como aconteceu em outros países do mundo. E que os grandes perdedores dessa
eleição foram a esquerda e o meio ambiente — isso porque um dos poucos assuntos
que qualquer eleitor dos EUA sabe discutir sobre o Brasil é a salvação da
floresta tropical (a rain forest).
Os eleitores de
Bolsonaro que quiserem manter o bom humor não devem ler os sites dos
demais órgãos de imprensa dos EUA — críticos ferrenhos de Trump e, agora, de
sua reprodução na América Latina, Jair Bolsonaro, chamado de “Trump dos
Trópicos”, “Trump Brasileiro” etc. Por exemplo:
Em editorial, o
jornal The New York Times diz que é um dia triste para a
democracia, quando a desordem e a decepção perturbam os eleitores e abrem as
portas para populistas agressivos, grosseiros e violentos (não se referindo
especificamente ao presidente eleito, Jair Bolsonaro).
Mas se refere, de uma
maneira geral, à eleição de Jair Bolsonaro, o “Donald Trump brasileiro”, um
linha-dura da direita com visões repulsivas, diz o jornal.
Em reportagem, o New
York Times diz que os brasileiros elegeram um “populista estridente”
de extrema direita — mais à direita do que qualquer presidente da região, onde
os eleitores escolheram políticos mais conservadores, como os da Argentina,
Chile, Peru, Paraguai e Colômbia. Segundo o jornal, Bolsonaro se junta a uma
leva de políticos de extrema direita que chegaram ao poder no mundo, como o
primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, e o primeiro-ministro da Hungria,
Viktor Orbán.
“Essa é uma mudança
realmente radical”, disse ao jornal o professor Scott Mainwaring, da
Universidade Harvard, tido como especialista em Brasil. “Não consigo
pensar em um líder mais extremista na história das eleições democráticas na
América Latina, que foi eleito.”
O jornal destacou, como
ponto positivo, o fato de Bolsonaro ter vencido candidatos com muito mais
dinheiro que ele e com muito mais espaço na televisão, valendo-se das mídias
sociais, com campanhas populares no Facebook, Twitter, WhatsApp e YouTube.
O jornal The
Washington Post disse que a eleição de Bolsonaro, apelidado de “Trump
dos Trópicos” pela imprensa inglesa, vai provocar a mudança mais dramática para
a extrema direita desde a era da ditadura militar.
O jornal diz que o
Brasil vai se alinhar com uma lista de países, como os EUA, Filipinas, Turquia
e Hungria, onde nacionalistas da direita convictos chegaram ao poder através
das urnas.
O jornal diz que a
campanha de Bolsonaro, como a de Trump, prometeu atacar a corrupção das elites
políticas, combater com mão de ferro o crime, enquanto demonizava oponentes e
polarizava a nação, além de atacar mulheres, gays e minorias raciais.
O jornal afirma que ele
defende os “valores tradicionais”, mas já se casou três vezes, para associá-lo
à imagem de hipócrita de Trump. Acredita que sua popularidade cresceu, a ponto
de se tornar favorito, depois que foi esfaqueado no estômago. E que ele envolve
os filhos na política, tal como Trump.
O site BuzzFeed
News também destaca a drástica guinada do Brasil da esquerda para a
extrema direita. Atribui o fato a uma tendência global de populismo e fanatismo
de extrema direita, que tem mais a ver com a economia e questões nacionalistas
do que com a política.
Para o site, as
críticas que se faz à retórica de Bolsonaro de nacionalismo populista,
histórico de sexismo, homofobia, racismo, tendências para o fascismo e
associação com grupos evangélicos o alinham com Donald Trump. Porém sua
plataforma linha-dura de combate ao crime se alinha mais com populistas como
Rodrigo Duterte, das Filipinas (que executa traficantes de drogas).
Trump não faz apologia
a ditaduras como Bolsonaro, mas se relaciona melhor com ditadores do que com os
aliados democráticos dos EUA. Trump nunca defendeu um torturador,
especificamente, o que Bolsonaro fez. Mas já defendeu a tortura, como
instrumento de defesa da segurança nacional.
A revista The
Economist também dá força à teoria de que Bolsonaro só ganhou maior
presença no noticiário porque ele foi esfaqueado em setembro, durante a
campanha. Além disso, ele teve mais presença na mídia social do que, por
exemplo, Geraldo Alckmin, que tinha 40 vezes mais espaço gratuito na televisão.
A revista afirma que a
campanha foi sustentada — e seu governo será sustentado no futuro — pela
bancada da “bala, boi e Bíblia”. E que o plano dele de relaxar o controle de
posse e porte de arma o coloca na mesma posição de Trump. Eles também se
igualam em suas decisões de reduzir as proteções ao meio ambiente.
A revista prevê ainda
que sua proposta de reduzir a idade penal não encontrará resistência
considerável no Congresso. E afirma que ganhou as eleições não porque os
eleitores gostam deles, mas porque odeiam o PT.
A CNN, que
critica Trump quase 24 horas por dia, sete dias por semana, e compete com
o New York Times e Washington Post pela
primazia de ser a oposição mais ferrenha ao presidente mais impopular da
história dos EUA para a metade da população e popular para a outra metade (que
assiste à Fox News), fez apenas uma curta referência à eleição de
Bolsonaro. Disse apenas que ele se parece com Trump, de uma certa maneira, em
alguns aspectos. E que ele ganhou porque os eleitores estão irritados com a
economia, a recessão, a corrupção etc.
A revista Forbes foi
mais moderada. Diz que, em todo o mundo, haverá manchetes dizendo que Bolsonaro
é uma ameaça à democracia, tem preferência por ditaduras, é sexista e
homofóbico. Mas o fato decisivo foi que ele suscitou uma grande energia entre
os eleitores — um fato que só se compara, de certa maneira, à eleição de Lula
em 2002.
Para a revista,
eleições políticas são feitas de energia emocional crua e raramente de escolhas
racionais. Em grande medida, ele ganhou porque transformou a campanha em um
confronto entre ele e o PT. Isso lhe garantiu a maioria dos votos.
Por João Ozorio de
Melo
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