sábado, 9 de dezembro de 2017

Veja porque ler e se informar um pouco não ocupa espaço na cabeça... Brasil é 2° em "desinformação"

Se informar dá uma força... É, dá uma forcinha na percepção, logo, aumentam as chances de maior compreensão, das coisas, daquilo que anda rolando, de fato, no entorno...

Informações estas que vão muito além do mero diletantismo em ‘posar’ de bem informado, já que pode ter à ver, e muito, com a própria vida, qualidade de vida? Isso sem entrar nos méritos ‘dos custos’ para o país em si mesmo, pois costuma gerar ‘coisas’ como o ‘velho voto’... Que dispensa maiores considerações...

Em tempo, não é ‘ignorância’ – como poderíamos dizer – político-social? É bem mais ampla... A ênfase aqui, no “político-social” é feita em função do nosso momento político/histórico... Embora não tenha sido um item especifico considerado na pesquisa. Mas, “só” tem tudo á ver...
Confira dados abaixo:
"Brasil é o 2º país com pior noção da própria realidade
Os brasileiros têm a tendência de perceber um quadro pior do que a realidade ou têm pouca familiaridade com características do seu próprio país. Segundo uma pesquisa realizada em 38 países, os brasileiros só ficam à frente dos sul-africanos em um ranking que mede a percepção equivocada que as pessoas têm da realidade à sua volta.

Elaborado pelo instituto britânico Ipsos Mori, o levantamento confrontou dados oficiais com a percepção que as pessoas têm deles. As perguntas dos entrevistadores incluem temas como taxa de homicídios, criminalidade de estrangeiros, consequências de ataques terroristas, saúde, religião, consumo de álcool, entre outros.

O ranking da pesquisa, chamado Índice de Percepção Equivocada, é liderado por África do Sul, Brasil, Filipinas, Peru e Índia. Já o outro extremo da lista, que mostra os países onde a população mostrou estar atenta à sua realidade é encabeçado por Suécia, Noruega, Dinamarca, Espanha e Montenegro.

A visão brasileira

Quantas garotas de 15 a 19 anos engravidam no Brasil? Os brasileiros acreditam que 48% dão à luz, mas os dados oficiais mostram que são apenas 6,7%. Quando questionados sobre quantos estrangeiros compõem a população carcerária do país, os brasileiros em média disseram acreditar que a taxa chega a 18%, mas o número oficial é 0,4%.

O mesmo se repete com os homicídios. Quando questionados se acreditam que a taxa de homicídios é mais alta no país hoje do que em 2000, 76% afirmaram que sim. Mas, segundo o instituto, a taxa, apesar de alta, é a mesma – cerca de 27 homicídios por cada 100 mil habitantes.

A cada cem mortes de mulheres de 15 a 24 anos, quantas foram causadas por suicídio? Os brasileiros afirmaram que são, em média, 29, mas o número real é 4,3.

Em temas que envolvem economia e status social, os brasileiros também cometeram erros. Segundo a pesquisa, os entrevistados apontaram que 85% das pessoas no país possuem um smartphone, mas a taxa real é 38%. Os brasileiros também superestimam a quantidade de carros registrados por habitante. Segundo os entrevistados, são 68 para cada cem pessoas, mas o dado correto é 40.

Em temas como religião, os entrevistados mostraram subestimar dados. Quando questionados qual é a taxa de pessoas que acreditam em Deus no país, os brasileiros responderam em média 80%, mas pesquisas oficiais mostram que a taxa é 98%.

Mas os brasileiros se saíram bem em relação a países como os Estados Unidos, Suécia, Noruega e Alemanha quando confrontados com a pergunta “algumas vacinas causam autismo?”. Apenas 10% dos brasileiros disseram acreditar nessa correlação equivocada, 35% não souberam respondem e 54% apontaram que tal informação é falsa.

Entre os norte-americanos, por exemplo, 19% disseram acreditar em uma relação entre vacinas e autismo. Entre os suecos, 25% apontaram uma relação de causa e efeito. Os cidadãos de Montenegro e da Índia apareceram como os mais ignorantes: 44% dos entrevistados de cada país afirmaram acreditar na falsa relação.

Influência de informações negativas

Segundo o diretor de pesquisas da Ipsos Mori, Bobby Duffy, existem vários motivos para as pessoas terem uma falsa noção, mas o principal vilão é a tendência de focar demasiadamente em aspectos negativos.

“Nós superestimamos aquilo com que nos preocupamos: quanto mais assistimos a uma cobertura sobre um assunto, mais prevalente acreditamos que ele seja, ainda mais se a abordagem for assustadora e ameaçadora. Nossos cérebros processam informações negativas de um jeito diferente – elas ficam grudadas na gente e passam a afetar como enxergamos a realidade”, disse.

Segundo Duffy, essas percepções equivocadas são preocupantes por causa das suas consequências. No caso da ideia falsa sobre uma relação entre vacinas e autismo, isso pode afetar a saúde das crianças. Mas a pesquisa também mostrou que a população de vários países enxerga incorretamente temas como terrorismo e até mesmo consumo de álcool.

Poucos entrevistados souberam responder corretamente à pergunta “no período de 2002 a 2016, o número de mortes em seu país causadas pelo terrorismo foi mais alto do que aquele de 1985 a 2000?”. Para a maioria dos entrevistados, o número de vítimas em atentados em seus países apenas cresceu. Mas os dados mostram que em muitas dessas nações essa ideia é falsa.

Entre os alemães, por exemplo, 44% acreditam que o número é mais alto, mas os últimos 15 anos registraram menos vítimas alemãs do que o período que incluía parte da década de 1980 e os anos 1990. Em apenas oito dos 38 países – entre eles França e Bélgica – tal percepção do crescimento é validada por dados.

A falta de noção também se repete na forma como as pessoas enxergam outras nações. A Rússia foi apontada pela maioria dos entrevistados dos 38 países como aquele com a população mais beberrona. Só que o país na verdade é o sétimo no ranking de maior consumo per capita de álcool. A lista é liderada pela Bélgica, mas nem mesmo os belgas parecem saber disso – apenas 5% deles indicaram o seu próprio país como o mais beberrão.

(…)

Em DCM

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