Então, desinformação pouca
é bobagem! É que dá trabalho, se informar.
Bem mais fácil, e rápido,
se alienar e servir da massa de manobra nos JNs da vida. Não é verdade? Eles,
os do JN, sabem muito bem com quem estão falando. Há algum tempo o tal apresentador
disse em entrevista, com todas as letras, que o “seu” público alvo era o ‘Simpson’...
Com certeza muita gente não
sabe o que sabe o que significa, mesmo, este personagem – a si mesmo, talvez – dentro
da cultura dos EUA, não concorda?
Como vê, ele sabe que o seu
ouvinte/telespectador fiel na vai se dar ao trabalho, por isso ele se dá ao
luxo de ‘entregar o ouro’, assim, na maior cara de pau.
"“Estudantes pela Liberdade” (EPL) são
financiados por corporação petroleira norte-americana que ataca direitos
indígenas, depreda o ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras.
David Koch se
divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu
falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada
dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se
tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenário político do país.
Se esses poderosos personagens são
desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles
estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março
pela deposição da presidenta Dilma.
Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil
Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A
página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados.
Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para
promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.
Entre os
“colunistas” do MBL estão Luan Sperandio Teixeira, que é
acadêmico do curso de Direito Universidade Federal do Espírito Santo e
colaborador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL) do Espírito Santo; Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento
no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e
diretor executivo do Instituto Ordem Livre, co-fundador da rede Estudantes Pela
Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e
atualmente, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL).
Outros participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo
e do EPL; Juliano Torres que
se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo, do Partido
Libertários, e do EPL.
Segundo o perfil de Torres no Linkedin, sua
formação acadêmica foi no Atlas Leadership Academy. Outro integrante com essa
formação é Fábio Osterman, que participou também do Koch Summer Fellow no
Institute for Humane Studies.
A Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial
brasileira do Students for Liberty, uma organização financiada pelos irmãos
Koch para convencer o mundo estudantil da justeza de suas gananciosas
propostas. O presidente do Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além
de ser da Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º tenente
QMB) na guarnição local.
Outras das frentes dos irmãos Koch são a
Atlas Economic Research Foundation, que patrocina a Leadership Academy, e o
Institute for Humane Studies, às quais os integrantes do MBL estão ligados.
Se quiser mais informações sobre os ‘irmãos’, confira este artigo – em inglês – na revista Rolling Stones. Clique na imagem!
Entre as atividades danosas dos irmão
encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de petróleo em uma reserva
indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões de
dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela
interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace considera os irmãos opositores destacados da luta
contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões de
dólares por 300 vazamentos de óleo.
As Koch
Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás,
oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes.
Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu interesse no Brasil —
a Petrobras é claro. Seus apaniguados não escondem esse fato.
O MBL, que surgiu
em apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a
manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT,
a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país”,
disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e pretensioso artigo naFolha de S.Paulo. Eles não querem
ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os caras do
Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás”, diz Renan
Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar maconha sem
tragar”. Kataguiri não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB
é corrupto, mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos
porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo
PSDB (com apenas 0,10% dos votos, não se elegeu).
Apesar do
distanciamento do PSDB, a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova
tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata. “Business
as usual”.
Por Antonio Carlos, no Outras Palavras
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